quinta-feira, março 19, 2015

ALICERCES DA CORRUPÇÃO - Parte VI

Passadas as eleições deste 2014, volto a dar continuidade na defesa de minha tese de que a corrupção é universal e faz parte da natureza humana. Não que fosse necessário, mas retorno num momento em que na berlinda (e na UTI) está o doleiro Youssef internado após revelar (E precisava???) à VEJA que Lula e Dilma comandavam o assalto de bilhões de reais à Petrobrás. Mesmo assim, aprovamos mais 4 anos de PT!!!



Retorno ao tema com a pergunta que martela nossas cabeças: por que tamanha corrupção é ignorada por 54 milhões de brasileiros!!!???


Não é ignorada! É tolerada em proveito próprio. Não pertenço ao grupo que atribui ao povo uma incapacidade de votar. Isto é discurso elitista. Pode-se até alegar que analfabetos não deveriam votar (eram impedidos de votar até 1985) e que o voto não deveria ser obrigatório (o é desde 1965), mas isto não significa que o povo "não sabe votar", pois o analfabeto vota em função de sua percepção (falsa ou verdadeira) de receber benefícios imediatos que atendam suas necessidades de alimento, moradia e saúde. Já aquele que não quer votar, mas é obrigado a fazê-lo, o faz subordinado à sua revolta e vota nos tiriricas. O que você espera como resultado disto? Dilma eleita, PT no poder, e garantia de continuidade de todos os bolsas possíveis. Populismo em sua manifestação mais pura. Populismo explicado por Glória Alvarez em vídeo aqui.

Todo cidadão conduz sua vida com o sentimento de esperança, em menor ou maior grau dependendo, fundamentalmente, de sua condição econômica e nível de conhecimento. Para a população das camadas econômicas mais baixas, a esperança é o que lhes resta. O imediato é urgente. Enquanto aquele que tem o básico satisfeito pode pensar no "futuro do Brasil", em "que país deixaremos para nossos filhos e netos", para os pobres só resta pensar e lutar pelo pão de cada dia. Para esta parte da população, a corrupção não tem a menor importância (até um determinado limite), pois o político que "rouba mas faz" por ele alguma coisa, é o melhor político.


(Este texto foi inicialmente concebido logo após o resultado das eleições de 2014 e completado em março de 2015.)








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