Hoje pela manhã assisti no Youtube uma aula do Professor
Clóvis de Barros Filho[1].
O título do vídeo é “Nietzsche – Aula 01”, portanto, deveria ser sobre este que
é um dos maiores nomes da filosofia, digamos, moderna. Mas é muito mais que
isso. Assistir é uma oportunidade de abrir horizontes mentais e é a chance de
sairmos de nossas visões superficiais manifestas no cotidiano das conversas de
bar, dos embates familiares no almoço de domingo, ou, mais tecnologicamente,
das discussões raivo-odiosas nas plataformas hipocritamente chamadas de “redes
sociais”. É, enfim, subir um degrau na compreensão de como somos neste universo
dos humanos seres.
Nesta aula, em cerca de uma hora e meia, o Professor nos faz entender de forma definitiva os dois significados opostos do conceito de “niilismo”. Mas não só. Nos faz refletir e rever pré-conceitos sobre diversos temas: ideologias, crenças, consciência, ação, reação, existência e outros. Posso tranquilamente considerar que, de tudo a que já assisti nas plataformas digitais, até mesmo do próprio Professor Clóvis, esta “aula”, além de um didatismo perfeito, tem alta qualidade de conteúdo relevante para o desenvolvimento de nossa percepção quanto à complexidade da diversidade dos indivíduos de nossa espécie.
Antes de lhe dar o link de acesso, me permita fazer 3 alertas:
1. O primeiro é para aqueles que
não têm intimidade com a oratória do Professor. Tenha como premissa que você está
assistindo uma aula de um Professor, com “P” mais que maiúsculo. Ele não é um
pregador ou um militante de uma corrente ideológica. Digo-o porque, dada sua
natural verve, há o risco de se confundir as opiniões do “personagem” que ele
está “incorporando” com a opinião dele próprio (mais para o final do vídeo ele
mesmo vai tratar esse aspecto).
2. O segundo alerta é para
aqueles que têm “aula” como instrumento de “educação” no pior sentido desta
palavra. O Professor, no caso, ensina
sobre como pensava Nietzsche. Não o julga como pessoa nem julga suas ideias,
apenas as apresenta. Portanto, não espere um “discurso” vinculado a qualquer
ponto de qualquer espectro que se imagine – político, religioso, social etc.
Não importando “onde” você se coloca,
receberá contribuições aos
conhecimentos que já tem.
3. E, por último, abra sua mente e deixe-se guiar pelo caminho da compreensão de ideias (antes de julgá-las), pois você terá todo o tempo do mundo para questionar, refutar, discordar e classificá-las como melhor lhe aprouver após o final da “aula”.
De minha parte, faço a seguinte síntese: minha ignorância sobre as coisas da vida ficou um tantinho menor.
Para assistir, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=CI3ceecsClw
[1] O vídeo consta como publicado em agosto/21, mas pelo que pude pesquisar, o evento deve ter ocorrido em 2013.
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