"Quando o sol da cultura está baixo, até os anões lançam longas sombras."
Karl Kraus, dramaturgo, jornalista, ensaísta, aforista e poeta austríaco.
Feita esta necessária introdução, vamos à franqueza amarga e cínica de Ciro.
Em sua fala podemos identificar algumas informações absolutamente relevantes para avaliarmos o que está acontecendo especificamente no Brasil (abstraindo de fatores externos). A mais importante, obviamente, é a afirmação de que “temos de destruir Bolsonaro”. Nossas instituições estão tão absurdamente degradadas, apodrecidas, que um pré-candidato à presidência faz, este sim, um grave ataque aos princípios democráticas e o distribui em vídeo na Grande Rede sem que nenhuma entidade de governo ou privada, ou mesmo um cidadão de reconhecida credibilidade, venha a público rebater a absurda agressão a todos os cidadãos brasileiros. Este é o ponto, porque acusá-lo de estar promovendo um ataque ao Estado Democrático de Direito como, principalmente, nossos iluministros gostam de dizer, e pelo menos enquadrá-lo no “inquérito do fim-do-mundo”, não cabe, pois Ciro integra a lista dos possíveis escolhidos a sentar na terceira cadeira ou a entrar nas hostes de lambe-botas do decrépito, e claramente senil, 9Fingers, o “Sleeping Jo” dos trópicos. Nunca “na história deste país” vale tanto a regra do aos amigos todos os direitos e liberdades; aos inimigos a lei, e/ou a lacração, e/ou o cancelamento, e/ou a desmonetização, e/ou a prisão, ou tudo isso e mais umas bordoadas no cárcere.
Foto de comemoração do "acordão". |
O que também precisa ser analisado, é a frase complementar “se não ele fica aí 8 anos!!!”. Esse é o desespero: ficar mais 4 anos à mingua, quiçá mais possíveis 8 anos! Eles precisam destruir Bolsonaro. É questão de vida ou hibernação por mais 12 anos! O instituto da alternância de poder defendido por alguns democratas, significa para Ciro um “teatro das tesouras”, onde agora é minha vez, depois você, e depois eu “traveiz”. Repito, não se surpreenda se fizerem de tudo para acabar com a reeleição via um casuísmo qualquer a partir de já. Depois eles desfazem o feito. Tenho a impressão que estão até dando uns caraminguás para quem trouxer ideias para impedir Bolsonaro de ser candidato. Tentaram atribuir irregularidades na campanha da chapa Bolsonaro/Mourão; tentaram a CPI da COVID; impetraram mais de uma centena de pedidos de impeachment; nada colou. Até aqui.
A intenção de votar numa terceira via, portanto, é brincar com as consequências de um regime corrupto-socinista. Alguém pode argumentar que nos quase 30 anos de regime liderado pela esquerda não foi tão ruim assim. Na superfície, com certeza. Na profundidade sequestraram a nação para satisfazer desejos próprios e você só está se dando conta agora. Foi um trabalho de profissionais do crime organizado, cujo único intelectual que denunciou o estrago que estavam fazendo na cultura foi Olavo de Carvalho[6]. É preciso entender que a geração que está em idade para chegar ao poder político foi “cultivada”, “prostituída” no “atrasismo”[7] das ideias do presidiário Gramsci, hoje um defunto exaltado no Brasil e... sei lá mais onde!. PSDB e PT sabiam o que estavam fazendo, no que estavam investindo (Olavo ressaltou que para eles "é mais importante solapar as bases morais e culturais do adversário do que ganhar votos"). Revolução do pensamento se faz dominando a cultura, no silêncio pra ninguém perceber. Os “produtos” humanos desta fábrica já estão aí, prontos e mal acabados, agora precisam ir a mercado a preços módicos. Só isso.
É isso. Fique mais atento e, se for o caso, coragem para reconhecer eventuais avaliações erradas passadas.
[1] Conheça
aqui o “Discurso da Servidão Voluntária”.
[2] Saiba quem foi neste
link.
[3] Em 2018, foram cerca de 147 milhões de
eleitores, sendo que na eleição para presidente só foram computados votos de 73%
deles. 40 milhões de eleitores, de algum modo, não exerceram o voto.
[4] Se você não concorda com essa minha percepção,
veja este pequeno vídeo.
[5] Expressão latina que significa “como
consequência natural desse fato”.
[6] Em “A Nova Era e a Revolução
Cultural” ele diz: “Um grupo de ativistas sem escrúpulos apropriou-se dos meios
de difusão cultural para fazer deles o trampolim de suas ambições políticas,
fechando os canais por onde pudessem fazer-se ouvir as vozes adversárias e
impondo a todo o País a farsa gramsciana da “hegemonia”.
[7] Essa é minha proposta para rotular mais
apropriadamente a filosofia da esquerda que se autodefiniu como “progressista”
quando o pacote de ideias que apregoam só resultariam, se implantada, num
grande atraso civilizacional.
[8] Acesse esta
matéria do Jornal da Cidade sobre o evento.
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