17 - O QUE FALTA?
Por que um escritório de advocacia, Marcondes & Mautoni, que se propõe a fazer "diplomacia corporativa", contrataria Luis Cláudio Lula da Silva para prestar consultoria de marketing?
Imagem obtida da homepage do website da empresa em 17 dez 2016 |
Informações acessórias: o escritório era contratado de empresas, entre elas, a SAAB, sueca, para fazer lobby junto ao governo de Lula para nos vender aviões de caça.
Eis que, investigada a documentação da consultoria pela Policia Federal, descobre-se que o laudo que justificou a cobrança de serviços no valor de 2,5 milhões de reais, foi montado a partir de textos publicados na wikipedia.
A pergunta que falta responder: por que até agora nem Luis Inácio, nem Luis Cláudio foram presos?
O que ainda falta?
15 (2) - FUGINDO DA PERGUNTA FINGINDO UMA RESPOSTA
Deve ser por masoquismo que acompanho os noticiários políticos e econômicos assistindo a Globo News. Vários são os programas de entrevista. Entre estas, aqueles que entrevistam personagens das esquerdas ("esquerda-caviar", "esquerda-cabide", esquerda radical e que tais), invariavelmente revelam três aspectos:
1) São contra toda e qualquer medida tomada pelo governo enquanto não são eles no poder. São contra a PEC, a reforma do ensino médio, a redução de privilégios, a reforma da Previdência. O discurso é: "sou contra".
2) Eles, agora fora do poder, adquiriram uma amnésia crônica, incurável. Nenhum deles, nem seus partidos, tiveram responsabilidade sobre a maior recessão da história do país.
3) Se negam a apresentar proposta alternativa. Defendem a continuidade do déficit a ponto de se enrolarem no paradoxo de criticarem o pagamento de juros da dívida quando a dívida foi e é fruto do déficit!!! Fogem da pergunta (explícita ou sugerida), fingem uma resposta para não ficarem calados frente às câmeras.
Para confirmar o que digo, procurem assistir, especialmente, às participações de: Lindbergh Farias, Guilherme Boulos, Tarso Genro, André Singer, Rui Falcão, Randolfe Rodrigues, Jorge Viana, prof. Pedro Paulo Bastos (este, além de tudo, esqueceu a educação em casa).
Ao final, tentem resumir quais são as propostas das esquerdas que nos tirarão do atraso.
15 (1) - MALAS HIPÓCRITAS
O político, como observamos todo dia, respira hipocrisia. Ele vive da e na hipocrisia. Ele precisa de voto para se perpetrar no poder. A verdade, vem depois da mentira, se é que virá algum dia.
O senador petista, Humberto Costa, foi o autor da proposta. Absoluta coerência com a hipocrisia de sua vertente filosófica, expressa no dito popular "me engana que eu gosto". Mas a unanimidade revela o paradoxo de que mesmo senadores defensores da livre-concorrência, concordam em se intrometer em uma questão que diz respeito exclusivamente a viajantes e empresas aéreas, assunto este que o sistema de livre-mercado tem um farto conjunto de mecanismos para resolver.
Se tomássemos como eficaz a anulação da media, teríamos que admitir uma entre duas hipóteses:
1) As malas não pesam. Ou pesam, mas as companhias aéreas colocam o custo do transporte deste peso na rubrica "prejuízos assumidos".
2) Pesam, mas o custo do transporte deste peso não deve ser revelado ao "povo".
E aí vem uma incoerência. Desde alguns poucos anos as empresas são obrigadas a revelar o imposto incluso em suas vendas ao consumidor. O imposto-mala deve ser revelado, mas o custo-mala, não!!!???
Em 2018, quando das eleições para o Congresso, teremos a oportunidade de nos livrar dos políticos-malas. Poderemos despachá-los de volta para casa, com suas malas cheias de propina, sabendo ou não quanto lhes custará o transporte.
14 - O PRINCÍPIO DE UM CAPITALISMO-SOCIAL
"Temos que ajudar os que não podem andar sozinhos."
Dom Paulo Evaristo Arns (1921-2016)
13 - CÓDIGO DE CONDUTA
Cláudio Melo Filho, ex-diretor da Odebrecht, "cita 14 Medidas Provisórias aprovadas ou modificadas para se ajustar às necessidades da construtora", como consta em nota da coluna do Ricardo Noblat de ontem. Foi um investimento de 17 (*) milhões de reais aportado diretamente ao caixa 2 de parlamentares que garantiram a aprovação das medidas.
No entendimento da empresa, foi apenas a aplicação do princípio que a companhia zela , qual seja o da "Confiança no Ser Humano, no seu potencial e na sua vontade de se desenvolver".
Para aplicar com eficácia o tal princípio, a Odebrecht crirou um departamento específico para lidar com os estímulos à vontade de o ser humano se desenvoler. Rotulou-o como Departamento de Relações Institucionais.
E ainda tem gente que não acredita no postulado de Einstein de que "tudo é relativo".
(*) Dias depois, este número foi apresentado em uma matéria da Globo News como sendo de 68 milhões.
12 - CARTAS DO LEITOR (*)
Prezado Editor,
Excelente, por didático, esclarecedor e texto fluído, o artigo (ou seria contra-artigo?) do professor Samuel Pessôa expondo as vísceras da hipocrisia petista reveladas no artigo de Ruy Fausto, da Piauí de outubro.
Como na imensa maioria das análises que leio, o professor comete o deslize de atribuir razões filosóficas a ações que são, na base, fruto de decisões egocêntricas e autocráticas de psicopatas no poder. Considerado isto, não há como esperar uma revisão do que quer que seja, pois instituições não se revisam, se protegem. Apenas indivíduos com sua "vontade de poder" podem "revisar" por desejo de fazer valer suas "verdades".
A grande armadilha sugerida existe, mas é sempre a posteriori. Lula, antes de se eleger, proclamava que programas como o Bolsa Família serviam apenas para comprar o eleitor. Eleito, fez o que fez. Agora, a esquerda (seus líderes), fora do poder, se coloca, como antes de 2002, contra tudo e todos. Simplesmente porque o único caminho de voltar ao poder é ser contra quem lá está. Ouvir gente como Marilena Chauí e Lindbergh Farias, é um exercício de auto-flagelo.
Minha discordância pontual se restringe apenas ao apoio que o professor confessa dar ao programa de cotas, o que, por conceito, é inadmissível para o capitalismo, onde o mérito é um alicerce fundamental deste sistema que ele mesmo defende.
Paulo Vogel
(*) Texto enviado à revista Piauí nesta data, pós leitura do artigo "A armadilha em que a esquerda se meteu", do professor Samuel Pessôa.
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