domingo, março 21, 2021

O BEM-ESTAR DA UTOPIA

Os comentários de Aldous Huxley 15 anos depois.

Após o final da segunda guerra mundial, final dos anos 1940, Huxley escreve um prefácio que passa a ser incluso nas novas edições de sua obra “Admirável Mundo Novo” (de 1932), texto que no Brasil só foi traduzido e incluído a partir da edição de 1980 da Abril Cultural.

Ele começa admitindo a existência de erros, falhas literárias, defeitos e “pecados artísticos”, mas que consertá-los seria “vão e fútil”, mas sente a necessidade de avaliar as consequências do desenvolvimento tecnológico (na física, na química e na engenharia), fruto dos anos de guerra, que, em sua visão, trarão “uma série de mudanças econômicas e sociais de rapidez e totalidade sem precedentes”.  

Huxley, naquele final da década de 1940, não fez previsões sobre invenções tecnológicas específicas, pois o que importaria seriam as mudanças sobre o comportamento dos seres humanos, a partir do uso de quaisquer que fossem tais tecnologias,  para o objetivo utópico de “realizar a estabilidade social” pelas pessoas que levam a cabo, por meios científicos, a última e pessoal revolução”.

Huxley é enfático quando prevê que “todos os padrões existentes da vida humana serão rompidos e novos padrões terão de ser improvisados”. Para ele, existiriam conflitos políticos que inevitavelmente levariam a uma concentração maior de poder e ao aumento do “controle governamental”. Tal nível de controle e de tendência a um estatismo mais veemente só poderia ser combatido, detido, com um movimento popular em larga escala pela descentralização e a autonomia do poder”.

O Estado totalitário eficaz para Huxley, “seria aquele em que o executivo todo-poderoso” viesse a controlar “uma população de escravos” que não precisariam ser forçados a nada, “porque teriam amor à servidão”. E Huxley identifica os 3 principais agentes para esta tarefa de “convencimento”: "o ministério da propaganda, editores de jornais e professores" (o grigo é meu).

Huxley mirou no que pressentiu e acertou na mosca ao dizer que no “futuro serão amplos [os] inquéritos patrocinados pelo governo com a participação de políticos e cientistas que verificarão (...) o problema de fazer o povo amar a servidão”.

Para realizar essa revolução, Huxley lista 4 itens, dos quais ressalto o que indica a criação de “um sistema perfeitamente seguro de eugenia” de modo a “facilitar a tarefa dos administradores”.

Até a ideologia de gênero e a promiscuidade liberada foram previstos por  Huxley ao dizer que “com a restrição da liberdade política e econômica (...) tende a crescer a liberdade sexual”.

Nunca uma Utopia foi tão insistentemente propagada quanto a de uma humanidade igualitária na cultura, no comportamento, na moral e na ética a que nós, neste 2021, estamos vivenciando. Huxley reconhece seu erro de previsão quando admite que “a Utopia está muito mais próxima de nós (...) do que há apenas quinze anos atrás”, ou seja, não está no futuro longínquo de 600 anos. Se ele achava “possível que o horror” nos alcançasse “dentro de apenas um século”, hoje, 70 e poucos anos depois desta sua previsão, esta, para nós já, é uma realidade vivenciada.

No último parágrafo do prefácio, Huxley não vê alternativa para o estatismo globalista. A partir desta sua visão, ele apresenta dois caminhos que a humanidade controlada terá como escolha: “certo número de totalitarismos nacionais e militarizados, (...) ou então um totalitarismo supranacional, proveniente do caos social (...) e desenvolvendo-se (...) como a tirania – [o] bem-estar da Utopia”.

Me utilizo deste prefácio de Huxley como introdução ao tema da próxima postagem, quando pretendo refletir sobre o futuro mais imediato da guerra ideológica que o mundo ocidental está envolvido, mas que, nós, brasileiros, estamos assistindo no dia-a-dia intensamente.


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quinta-feira, março 11, 2021

O NOVO ANORMAL: MANIPULAÇÃO DOS FATOS


"Os próprios déspotas não negam que a liberdade seja excelente; mas a querem apenas para si mesmos e sustentam que todos os outros são totalmente indignos dela."

Alexis de Tocqueville

Nesta postagem vou usar um exemplo ligado à política, mas não vou falar de política.

Se a Era Digitrônica antes da pandemia já nos apresentava um "novo mundo", agora, depois das mudanças de hábitos impostas por nossos governadores em mal alegado combate à pandemia de COVID-19, nos traz muito, muito mais que um "novo normal" como inicialmente imaginamos e inocentemente previmos nos primeiros meses de 2020. Muito além das novas práticas cotidianas de asseio, distanciamento social e uso de máscara, nos assediam digitalmente em nossos celulares com práticas moralmente duvidosas que nos levam a refletir sobre quais serão as regras que nortearão, daqui pra frente, o nosso comportamento  ético em sociedade. Uma coisa já é certa: o nosso antigo normal está sendo violentamente corrompido e, para gáudio da esquerdopatia, sendo "desconstruído" pelas beiradas e substituído por um "novo anormal".

A natureza humana abarca todo um espectro de alternativas que vão desde indivíduos psicologicamente razoáveis, até aqueles que habitam o extremo da psicopatia com pitadas de esquizofrenia (1), passando, como sempre, pelos crédulos contumazes, inocentes úteis a ambos os extremos, e não esquecendo dos que hoje são chamados de isentões. Lembremos que na massa todo indivíduo é um bárbaro. Mas vou me ater ao extremo mais doentio. 

A difamação, a acusação eivada de falsidade, a manipulação de fatos, a descontextualização de falas no intuito de iludir desavisados, a maquiagem que embeleza o feio e a vilania, não são novidades nesta nova Era, pois sempre integraram o processo de aperfeiçoamento da civilização. O novo é (1) o potencial das ferramentas digitais de edição dos fatos, (2) o poder de disseminação das mensagens (em sentido amplo) para, literalmente, o mundo todo,  (3) a quase total impunidade para os falseadores/manipuladores, e (4) a facilidade que estes têm de abarcar apoiadores/seguidores expressa na quantidade de "likes".

Propagar o falso, o ignóbil, até então, tinha um limite muito estreito de consequências dado que a disseminação sempre estava sujeita a uma relação um-para-um, fosse via presença física, fosse através de uma ligação telefônica, fosse pelo envio de uma correspondência. Tais recursos redundavam em uma taxa de expansão muito lenta, permitindo tanto a reação, a tempo, à calúnia, ou ao que fosse, quanto por morte do tema ao findar o interesse na replicação. 

A Digitrônica, ao criar a relação um-para-muitos-milhões, simplesmente retirou do quadro de alternativas possíveis, tanto a possibilidade de reação a tempo, quanto de obsolescência da mensagem, pois, tal como os elefantes, a "internet nunca esquece".

Vários aspectos da nova Era podem, e devem, ser analisados (como Inteligência Artificial, privacidade, infinidade de informações na nuvem, censura oficial judiciosa, censura não governamental nas plataformas etc.), mas me atenho ao que diz respeito à dimensão da digitrônica, o suficiente para projetarmos um futuro em que nossos valores e nossos padrões de comportamento serão radicalmente diferentes dos que aprendemos e praticamos até hoje. E quando uso "nós" estou me referindo à humanidade composta por nossos descendentes muito mais do que a nós, viventes do presente. Fiquemos razoavelmente tranquilos, portanto, não estamos imunes a cair em desgraça, mas a probabilidade é pequena, bem menor que contrair a COVID!

Não me alongo mais. Apresento o que me motivou a tratar deste assunto. 

Recebi o vídeo a seguir no dia 9 de março de 2021, o "day after" da decisão de PT-Fachin anulando todas as sentenças já formadas e firmadas contra o "barbudo de 9 dedos". Aguardo você assistir antes de prosseguir:


Enquanto assistia e até o fim, tinha a impressão de que alguma coisa estava errada, não casava, não era... crível. É notória a fama de "cachaceiro" do velhinho, mas é razoável imaginar que um "cumpanheiro", estando ao seu lado seja lá em que recinto, era pessoa de sua confiança. Não dá para acreditar que tal indivíduo, não sendo um bolsonarisa, gravaria um recado para seguidores em momento tão significativo estando o personagem... bêbado? Pior ainda, imaginar que ele distribuísse tal "flagrante" nas redes sociais. Difícil de admitir tal desatino. Tendo esta percepção, fui ao Youtube e digitei "manda recado seguidores instagram". Eis o que encontrei.

 

Ficou surpreso? Saiba, portanto, que isto, e coisa ainda pior, pode acontecer com você se um demente resolver transformá-lo em alvo da ira por qualquer fala ou ato que você um dia venha cometer. Nem é preciso editar no sentido de "cortar e colar". Basta "dilatar" o tempo do vídeo e você fica... de porre. Difamar não é preciso, nunca foi, mas agora é muito fácil!

Só que...

O engano não ficou nisso. Ao olhar a data do vídeo descobri que este "recado" foi para seus seguidores quando ele saiu da prisão em 8 de novembro de 2019!!! Ao mentecapto imoral que fez uma edição arrastando o tempo do vídeo para criar a impressão de embriaguez, se associou outro desprovido cognitivo que aproveitou um outro evento para trazer de volta tal façanha pelo simples motivo que "difamar é preciso" para atender um intelecto malcheiroso que não consegue elaborar argumentos para sustentar suas crenças e valores. 

Atenção!!! Não sou lulista, espero que as próximas eleições joguem esse corrupto cínico para o limbo da história, mas, o quanto minha coragem intelectual permite, evito ser hipócrita. Não sou canalha, não sou bandido, e tenho princípios (2) dos quais não abro mão, entre eles o de não ser um "oportunista fanático messiânico" na construção e, principalmente, na divulgação de minhas opiniões.

Finalizando. Descobri a internet em 1996 e me deslumbrei. Frequentando-a diariamente desde então, evoluí meus conceitos sobre liberdade de expressão e seus limites, sobre respeito à individualidade, sobre natureza humana, e sobre regras básicas de convivência sadia. Continuo deslumbrado. É um "admirável mundo novo" tanto em sua melhor expressão quanto na pior delas. Nem nós, nem nossos filhos, estávamos capacitados para absorver a tal tecnologia em tão curto tempo. A rapidez de sua introdução na vida cotidiana foi e ainda é muito mais rápida que nossa capacidade de aprendizado. Nos resta relaxar e dar tempo ao tempo.

E, cuide-se. Não faça/fale/repercuta besteira. Você pode ser a próxima vítima!
 

(1) Esquizofrenia é uma perturbação mental caracterizada por episódios contínuos ou recorrentes de psicose. Os sintomas mais comuns são alucinações (incluindo ouvir vozes), delírios (convicções falsas) e desorganização do pensamento.

(2) Edmund Burke: Os princípios são a razão reta, expressa na sua forma permanente, e as abstrações são a sua corrupção. A conveniência é a sábia aplicação do saber geral às circunstâncias particulares. O oportunismo é a sua degradação.

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terça-feira, março 09, 2021

SUPREMO TRIBUNAL DA FIRULA

 Firula: substantivo feminino

1. Rebuscamento da fala para enunciar algo simples; circunlóquio, rodeio.

2. No futebol, demonstração de virtuosismo com a bola.

No futebol, a firula acontece, principalmente, quando o jogador precisa dar um drible no adversário com criatividade, seja por simples demonstração de habilidade, seja porque sua única saída é usar suas habilidades. É neste sentido de "drible criativo" que renomeei o STF para entender esta decisão esdrúxula que anula as condenações do ex-presidente. Mas isto não exclui o significado que o termo tem de "rebuscamento", "rodeio", ou seja, mascarar o que realmente se quer dizer. Hipocrisia, portanto.

A firula jurídica que o Ministro Fachin criou é de considerar inválido todo o processo de anos contra nosso "ladrão de 9 dedos" mais estimado, sob o argumento de que... tudo foi realizado em uma jurisdição indevida, ou, algo como alegar um "erro de origem". A firula se dá porque a tese não passa pelo crivo de poucos segundos de reflexão. A operação "Lava-Jato" completaria 7 anos no próximo dia 17, não tivesse seu fim promovido pela PGR em 1/2/21. Ou seja, a Justiça aceitou a legalidade e propriedade das instâncias envolvidas por todos estes anos. Até ontem. Ao anular tudo, Fachin deixa claro que sua ação é uma farsa política a serviço de suas próprias ideias de para onde o Brasil deve se dirigir. Foram milhões de reais gastos para conduzir todos os processos que condenaram mais de uma centena de pessoas que praticaram os mais diversos atos de corrupção passiva e ativa. Fica, então, uma outra questão: quer dizer que o resultado de um julgamento depende de onde ele é realizado e quem são os julgadores? Coloquemos nosso nariz de palhaço.

Ao avaliar que negar a culpa depois do acusado ter sido condenado em duas instâncias seria uma afronta à própria estrutura da Justiça, PT-Fachin usa de uma firula, dá um drible de letra da lei, valendo-se de um detalhe processual para se sobrepor a todo um processo legal, pois o argumento é legal, previsto nos códigos de processos, mas ignorando totalmente os aspectos morais inerentes ao caso.

Já apontei para a escalada das tenções a que nossa vida política está subordinada. Chamo sua atenção para uma realidade ainda não percebida pela maioria. Estamos sob o domínio do poder de uma elite intelectual de esquerda. Em minha visão, a mais relevante razão de voto em Bolsonaro foi o desejo de defenestrar do poder a utopia esquerdista, praticada pelo PT. Ao elegê-lo, passamos a acreditar que tal objetivo tinha sido alcançado. Ledo engano. Trocamos apenas o representante maior do poder Executivo. Legislativo e Judiciário estão sob a vontade e mando de uma corrente de pensamento que vê na limitação da liberdade dos cidadãos o caminho para um globalismo moral jamais imaginado possível de ser alcançado. 

Já apontei para a escalada das tenções a que nossa vida política está subordinada. Chamo sua atenção para uma realidade ainda não percebida pela maioria. Estamos sob o domínio do poder de uma elite intelectual de esquerda. Em minha visão, a mais relevante razão de voto em Bolsonaro foi o desejo de defenestrar do poder a utopia esquerdista, praticada pelo PT. Ao elegê-lo, passamos a acreditar que tal objetivo tinha sido alcançado. Ledo engano. Trocamos apenas o representante maior do poder Executivo. Legislativo e Judiciário estão sob a vontade e mando de uma corrente de pensamento que vê na limitação da liberdade dos cidadãos, na destruição da família e da integridade psicológica dos indivíduos, os alicerces necessário para pavimentar o caminho para um globalismo moral jamais imaginado possível de ser alcançado.

O poder Judiciário, seguindo uma corrente mundial, abandonou seu papel de garantidor da Constituição, e passou a praticar uma justiça ativista, manipuladora da interpretação da lei maior para atender ações políticas, usurpando tanto as atribuições do poder Executivo quanto as do Legislativo. Basta lembrar o caso da nomeação do diretor da Polícia Federal, o inquérito das Fake News, ou inquérito do fim-do-mundo, e a prisão do deputado Daniel Silveira.

O Legislativo, por seu turno, regido sob o manto dos interesses particulares de senadores e deputados em se perpetuar no Poder, se subjugam ao Judiciário pois, se entre todos os que votaram a favor da manutenção da prisão de Silveira alguns até acreditavam ser a prisão a ação correta, a maioria deles o fez a favor de si mesmos, de serem "protegidos" em eventual situação negativa futura que vierem a se envolver (ou que já se envolveram), uma sinalização algo como "olha Ministro, lembre que votei direitinho como Vossa Excelência orientou!".

Acrescentemos aos 3 poderes outros 2, Forças Armadas e grande mídia, e temos um pacotaço dificílimo de desembrulhar. No caso dos militares, uma parte significativa é formada pelos "melancias", verdes por fora e vermelhos por dentro. Como já disse, elas estão divididas com certeza, não se sabe em que proporção, mas dali, de onde muitos esperavam alguma coisa, é de onde não vai sair nada mesmo. E a imprensa tradicional militante, com maior peso no noticiário televisivo, e menor, nos antes denominados, jornais impressos, hoje devidamente digitalizados e inseridos também nas redes sociais, vão continuar a clamar pela volta de um governo corrupto que as ampare financeiramente neste momento de transformação, em que suas audiências,  a cada evento jornazistamente manipulado, vão migrando para mais longe delas. Para tal objetivo, não medem esforços antiéticos.

Repito, estamos hoje sob um governo de direita, conservador, liberal, capitalista, mas sob o "poder" de uma máquina pública - o tal establishment - esquerdista, estatista, progressista, socinista (1), e que não vai abrir mão de fazer "de tudo" para "tomar o poder" em 2022, ou mesmo antes, como é desejo anunciado de José Dirceu.

A ação Pt-fachinosa é somente um passo neste sentido e ela ainda está sujeita a ser revertida se a PGR entrar com uma ação de "agravo regimental", o que levaria a decisão para ser validada ou revogada em julgamento na 2ª turma, onde estão Mendes, Lewandovsky e o próprio Fachin (2). Ou seja, sem chance de reversão. O sapo-barbudo, como o chamava Brizola, está livre, leve e solto para atuar em defesa da falência do país.

Que ninguém se iluda. Estimulados pelo que aconteceu na eleição presidencial nos Estados Unidos, essa massa de "servidores" de si mesmos vai pintar e bordar até outubro/22. Entre muitas outras ações, poderemos ter "pesquisas" com as mais inusitadas previsões de resultados, distribuição de informação e contrainformação pelas redes sociais, dossiês fajutos, manchetes tendenciosas da mídia, mais pedidos de impeachment de Bolsonaro, boicote, não só às reformas, mas a qualquer projeto originado no Executivo etc., até chegar, se for preciso, a executar ações que corrompam as urnas. 

Dois movimentos serão absolutamente fundamentais para enfrentar esta fúria destruidora da intelligentsia ungida: o apoio da população aos paladinos do espectro centro-direita que estão se expondo e se arriscando em mostrar a hipocrisia cínica dos perdedores e esta mesma população exigindo nas ruas um "basta".


1) Socinistas - Corruptela que proponho para empacotar socialistas e comunistas em um só conceito. Corruptela é a "deformação de palavras (...) de forma proposital, como forma de eufemismo (...)". Fonte: Wikipédia

2) Veja mais detalhes nesta matéria da BBC.

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sexta-feira, março 05, 2021

COLOCANDO O PINGO NOS IS DO NEGACIONISMO


A sentença "acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é" é atribuída a Lênin como um dos itens do seu rol de diretrizes para chegar ao poder e um bom exemplo da advertência feita por Orwel.

A prática deste princípio pelos socinistas(1), como proponho identificá-los, nestes últimos 100 anos, tem sido intensa e, na última década, a aplicaram atribuindo o rótulo de "negacionista" a todos os que não pensam como eles e rejeitam suas teses alarmistas. A justificativa mais usada para terem escolhido tal rótulo é a existência de cientistas que não aceitam a explicação de que o planeta está aquecendo por ação exclusiva do homem capitalista - a poluição gerada pela  China, evidentemente, não é mencionada - e procuram mostrar que aquecimento e resfriamento são cíclicos por razões complexas, pois existem fatores muito mais relevantes - por exemplo, as interações gravitacionais dos planetas dentro do nosso sistema solar - do que simplesmente a queima de combustíveis fósseis e outros argumentos - bandeiras e brados com slogans simplistas expostos pela "esquerda burrinha" como a ela se refere o jornalista Celso Lessa. Enfim, se você se der o trabalho de pesquisar sobre o tema via Google, é isto que vai encontrar: o negacionista primeiro foi quem negou o aquecimento global causado pela ação humana. Mas o significado foi abduzido pelas mentes socinistas para separar os humanos em dois grupos: os seus adeptos, os "ungidos" e todos os que com eles não concordam não importando do que se trate.

Um NEGACIONISTA de raiz, original, pela minha ótica, é aquele que começa por negar que é NEGACIONISTA pela simples e "incontestável" evidência de que ELE, tal como seus bajulados "ungidos" ideólogos, detêm a "verdade", não importa do que se trate, e se você não aceita isto, você é o  NEGACIONISTA!!! Simples assim? Sei não! Meio confuso, pois NEGACIONISTA para esse tipo de indivíduo é aquele que nega as "verdades" dele, normalmente narrativas que negam fatos históricos, presentes, e a própria realidade das coisas, da cultura, da psique, da vida e do mundo. 

A gente percebe que está diante de um NEGACIONISTA quando ele começa a expor as tais "verdades" irrefutáveis, inegáveis, mas que se nos apresentam como enormes, gigantescas falácias discursivas, que não resistem às mais básicas perguntas, perguntas estas que os fazem encerrar o papo com uma atitude de cancelamento ou lacração como está na moda, pois NEGACIONISTA que honra as calças, não aceita embate de ideias, argumentos contrários, perguntas incômodas. É então que se revela em toda a sua nudez hipócrita como um real e autêntico NEGACIONISTA

Infinitas, portanto, são as afirmações de um NEGACIONISTA praticante, mas para justificar minha proposição de atribuir o termo a quem realmente o merece, dou alguns exemplos.

Eles negam a biologia, pois ecoam a proposição de uma psicopata(2) que convenceu alguns magnatas a financiar indivíduos e entidades ao redor do planeta que se disponham a propagar o conceito de gênero em lugar de sexo, de forma a respaldar a narrativa de que sexo é uma construção social, pois não nascemos home ou mulher, e devemos passar a nos referenciar como "pessoa com pênis" ou "pessoa com vagina".

Eles negam desejar implantar uma ditadura enquanto defendem os movimentos "antifascistas democráticos" e pacifistas à "moda caralho", como diz um amigo, pois invadem, depredam e subjugam pessoas como fizeram manifestantes antirracistas em um restaurante em Washington, ou seja, negacionismo da liberdade do indivíduo em uma das mais puras manifestações de intolerância fascista.

Negam o direito dos pais de educar seus filhos com base em valores morais e religiosos que acreditam e praticam, pois, para um bom NEGACIONISTA, é do Estado a obrigação de moldar as crianças, da creche à universidade, para que se tornem adultos crentes e praticantes de uma só verdade, a verdade deles, com o objetivo final de igualar a todos pelo único critério possível demonstrado 

Negam a família e sua importância na construção de uma estrutura e valores que dará sustentação para a integridade psíquica para um ser humano chegar à idade adulta e poder fazer escolhas livres e saudáveis. Para este tipo de NEGACIONISTA, um provável solitário e/ou mal-amado e/ou psicopata e/ou provavelmente agredido física e/ou psicologicamente em um ambiente familiar desestruturado, é esta exceção - que para tudo existe - a razão para justificar seus desvios cognitivos.

Mas é este mesmo tipo de NEGACIONISTA  que nega a fragilidade psicológica da criança defendendo uma educação sexual ideológica nas escolas desde a tenra infância, com a meta de "desconstruir" sua identidade biologicamente formada, não se importando com os danos - pois não admite que existam - destas ações na vida adulta futura deste ser humano, não desconstruído, mas DESTRUÍDO.

São NEGACIONISTAS tão estúpidos que negam as evidência biológica das diferenças estruturais da construção e funcionamento dos corpos sem que fiquem minimamente corados ao afirmarem em fenomenal hipocrisia que homem e mulher são construções sociais, mas gays, lésbicas, trans etc. já nascem biologicamente construídos!!!


O NEGACIONISTA nega ser preconceituoso enquanto carrega a bandeira do "Black Lives Matter" (BLM), levantando um braço com seu punho fechado, e postando mensagens desejando a morte de quem não concorda com ele.

O NEGACIONISTA nega as individualidades de cada ser humano em favor de coletivos que geram segregação por cotas que, ao invés de reduzir preconceitos, têm a flagrante consequência de estimular injustiça e preconceito.

Um bom NEGACIONISTA não gosta de história, por isso não sabe que o desenvolvimento da civilização é um processo de movimento pendular que, a partir da ação ego-centrada de todos os agentes da natureza, plantas, insetos, animais, seres humanos e eventos da física e da química, foram, são e serão o fundamental princípio de evolução e diferenciação dos seres e das sociedades. Por se apegar a esta ignorância, é defensor ferrenho da implantação de um regime ditatorial de governança mundial que intenta implantar um comportamento humano igualitário para e assassino da liberdade de se ser o que cada um está fadado a ser.

Um NEGACIONISTA ungido, nega a imperfeição da reprodução genética - o jeito que a Natureza encontrou de criar a diversidade das espécies e dos indivíduos, entre elas a humana - e defender o aborto dos "imperfeitos" como tática para conduzir um processo de "eugenia do bem" em direção a uma futuro onde todos serão "iguais", ou, mais provavelmente, como em Admirável Mundo Novo, onde uns serão "mais iguais" que outros.

Este mesmo NEGACIONISTA sem coragem suficiente para sustentar seu intento de eugenia, defende o aborto como um "direito" da mulher sobre o próprio corpo quando, de fato, nada mais está fazendo do que defender o direito da mulher assassinar um filho. 

NEGACIONISTA na pandemia nega haver alguma eficácia em medidas precoces para combate ao coronavírus alegando não haver comprovação científica de eficácia para medicamentos que, comprovadamente por décadas, não causam efeitos colaterais, ao mesmo tempo, cobra do governo federal a urgente vacinação de toda a população com qualquer vacina, todas sem terem cumprido todas as etapas para um desenvolvimento e, portanto, apresentam um evidente risco em sua aplicação, risco esse admitido no contrato de fornecimento ao constar que o laboratório produtor não terá qualquer responsabilidade no caso de efeitos colaterais futuramente registrados.

NEGACIONISTAS no poder, pertencentes ao espectro da "esquerda caviar", de dentro de seus isolamentos gourmets, ou livres, leves, soltos em praias paradisíacas, negam, a toda uma população, os direitos de ir e vir, de trabalhar (fonte de sustento), de lazer (fonte de saúde mental e física) em nome de um "fique em casa" em ambiente fechado, de baixa circulação de ar, enquanto fingem não ver que as fontes principais de contaminação estão nas aglomerações nos meios de transporte públicos, nos hospitais, nas favelas onde não há possibilidade de distanciamento social em casebres de poucos metros quadrados.

Já os NEGACIONISTAS políticos brasileiros perdedores da última eleição para Presidente, negam as realizações de um governo legitimamente eleito se concentrando em repetir incansavelmente um lema importado que atribui a desafetos a retórica do "racista, sexista, 
homofóbico, fascista e genocida" pois não se conformam com o fato de estarmos em uma democracia e terem que esperar 4 anos para tentar voltar ao poder (ou tomar o poder, como proclamou José Dirceu), mas, com falta de argumentos de sustento de suas críticas, bradam ao vento "impeachment já". 


O NEGACIONISTA de fato, real, ungido e vivente "em outro nível" intelectual, bem acima de todos nós, em essência, nega fatos e defende com veemência radical, NARRATIVAS que, de tanto repeti-las, acredita que um dia vingarão e o elevarão aos píncaros da glória. E do poder, óbvio.




Nota final: Afirmar que a Terra é plana, não é coisa de NEGACIONISTA, é apenas um chiste criado por um gozador que, com certeza está a rir a gosto e se perguntando como tantos idiotas ainda falam nisso. Não, o NEGACIONISTA é um provável ser ungido que, na falta do que fazer, nega que alguns humanos tenham posto o pé na Lua.



Assino a revista digital semanal OESTE. Logo após ter terminado a edição deste post, recebi o emeio com o link para a edição desta semana. O editorial chama a atenção para o artigo da Ana Paula Henkel com o título " O novo Estado onipotente e o reino transgênero" e que nos dá conta de um decreto de Biden que agora só depende de 60 votos no Senado para sua aprovação. Aviso para os que se interessarem em ler: é ASSUSTADOR!



1) Socinistas - Corruptela que proponho para empacotar socialistas e comunistas em um só conceito. Corruptela é a "deformação de palavras (...) de forma proposital, como forma de eufemismo (...)". Fonte: Wikipédia

2) Sobre a distopia da ideologia de gênero veja o vídeo da juíza Andréa Barcelos.





E você, já encontrou um lugar na sua consciência para a lealdade intelectual com você mesmo?

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quarta-feira, março 03, 2021

PERGUNTAS AOS HIPÓCRITAS PANDÊMICOS

FALTOU A OPÇÃO "TODOS".

Nestes dias de primeiro trimestre do ano de 2021 (cada um tem seu dia de preferência) em que comemoramos um ano de convívio tanto com nosso mais novo vírus de estimação, o Corona, quanto com a olímpiada da Globolixo, as fakes da Foice de São Paulo e outros de menor expressão que, em êxtase, proclamam a superação da barreira dos 250 mil óbitos atribuídos à ação da COVID-19, e enquanto a "massa" assiste à apologia ilegal, mas autorizada e protegida por nossa "justiça", ao uso de drogas feita por integrantes do BBB21 - Big Brasileiros Bestiais (1)  - quero deixar algumas perguntas aos nossos "Hui's" - Hipócritas ungidos de imbecilidades -, com a certeza de que posso esperar sentado por respostas, dado que se mantêm, feito avestruz, com a cabeça enfiada em buraco... cheio de merda.

1ª Pergunta:

Tese: Pessoas podem se contaminar em qualquer lugar, pelo menos é o que se deduz de um vírus que se espalha ao se expirar o ar por nossas vias respiratórias eventualmente contaminadas, processo que não se pode eliminar pois fundamental para a sobrevivência de seres vivos. No ambiente externo, naturalmente ventilado, a contaminação tende fortemente a ser leve, o que proporciona aos recursos naturais de nosso corpo terem mais sucesso no combate e recuperação da saúde eventualmente afetada. Considerada esta evidência científica, a dedução primeira é que muitas pessoas contraem o vírus "fora" de casa e, ainda sem se saber contaminadas, voltam para ambientes fechados, de trabalho, de lazer ou de moradia. A dedução segunda é que em ambientes fechados, carentes de circulação de ar, a contaminação é muito mais provável e o risco muito maior pelo fato das oportunidades de contágio serem mais frequentes e mais  intensas. Tal realidade tende a tornar a contaminação muito mais forte, com muito mais riscos para o infectado pois menores a chances do organismo dar conta.  

Pergunta:  Se nossos Hui's concordam que esta tese é minimamente razoável (são médicos e cientistas que a defendem), por que diabos continuam a nos mandar ficar em casa?

2ª Pergunta:

Tese: Ok, vou considerar que aglomeração, principalmente, em ambiente fechado, aumenta a possibilidade (ou seria probabilidade?) de transmissão/infecção. Os piores ambientes fechados são, sem dúvida, as unidades de transporte público, ônibus, metrô e táxi. Seus frequentadores são, acho que todos podem concordar, os principais agentes disseminadores do vírus. Todos se contaminam, condutores e passageiros, em menor ou maior grau e ao final retornam para seus ambientes fechados para contaminar todos os que ficaram em casa!!!

Perguntas: (1) Me explica então a razão para aceitar a aglomeração no transporte público onde a aplicação de medidas preventivas é, sim, difícil e complexa, mas absolutamente necessária? (2) Onde está a lógica que sustenta medidas de lockown que afetam lojistas e consumidores quando estes podem administrar com facilidade o acesso a locais fechados adotando medidas de distanciamento, álcool gel, temperatura corporal etc.? (3) Por que proibir o funcionamento de bares e restaurantes entre as 22h e as 5h? Será que o vírus fica inativo neste horário? (4) Por que manter proibido o acesso a praias, parques e jardins enquanto estas mesmas pessoas podem circular nas ruas? Por acaso o vírus obedece a uma lógica espacial que ainda não nos foi revelada?

3ª Pergunta:

Tese: O conteúdo deste vídeo:


Pergunta: Se, como demonstrado no vídeo acima que as máscaras mais amplamente usadas pela população (por uma óbvia questão de menor preço) não funcionam, por que diabos continuam a nos mandar usar máscara quando estamos de pé no restaurante, mas tudo bem se tivermos sentados?

4ª Pergunta:

Tese: Ainda o vídeo acima. Como demonstrado, a máscara N95 impede a passagem do ar de dentro pra fora mas, obviamente, diz a física, também impede a passagem do ar de fora pra dentro, dificultando o processo de inspiração do ar.

Pergunta: Admitindo que a N95 fosse distribuída gratuitamente por um Estado Protetor do Bem-Estar Social, como sonham algunscomo ficaria a nossa saúde com uma consequente baixa de oxigenação? 

5ª Pergunta:

Tese: Tenho 2 netos, 10 e 15 anos, morando na Flórida, Estados Unidos. Estão em aula presencial desde setembro/20, observando um protocolo que inclui medição de temperatura, uso de máscara, distanciamento, uso de álcool-gel e, principalmente, afastamento do aluno por 7 dias na observância de qualquer sintoma que possa ser associado à COVID.  Enquanto no Brasil sindicatos de professores que deveriam estar comprometidos com o desenvolvimento de nossas crianças, reivindicam continuar em casa recebendo seus salários ignorando os prejuízos psicológicos que já são relatados e que tendem a se agravar no futuro. Quanto a isto nada têm a dizer . 

Pergunta: Alguém, pelo menos, já foi pesquisar os índices de contaminação observados nas escolas da Flórida para continuar defendendo esse lockdown educacional que afetará negativamente uma geração para o resto da vida? Foram, pelo menos, verificar e comparar os índices de contaminação nas escolas com os demais ambientes?

6ª Pergunta:

Tese: Vide gráficos do dia 26/2/2021

Tem gente que, na falta de razoável inteligência emocional, faz acusações levianas principalmente em relação a ações do governo federal, ou imaginadas não-ações, ou de lentidão na implementação, mas sempre sem apresentar um mínimo de comprovação factual, apenas narrativas de cunho e interesse político. Nos gráficos aqui mostrados você pode ver como o Brasil está quanto: (1) posição no ranking de óbitos/milhão; (2) avaliar o resultado das políticas de restrição à vida tomadas pelo governo do Estado de São Paulo; e (3) comparar a vacinação no Brasil, país da América do Sul, frente a países do dito "1º mundo".

Perguntas: Considerando tais acusações, gostaria de fazer três perguntas. Como explicam o fato do Brasil aparecer na 24ª posição no ranking mundial de óbitos por milhão? Como explicam que São Paulo, o berço do lockdown inconsequente, ter um índice de mortes por milhão maior que a média brasileira? E por último, como explicam a realidade da aplicação da vacina nos colocar entre os 6 países que mais vacinaram até então?

7ª Pergunta:

Tese: Mandetta e seus fás, defenderam o "fique em casa" ao mesmo tempo em que proclamava aos quatro ventos que "só a imunidade de rebanho poria fim à  pandemia". Uma incongruência até hoje não explicada, pois "ficar em casa" praticamente elimina a possiblidade de se atingir tal imunidade. Pelo que me parece hoje, dado o silêncio quanto a esta questão, a imunidade não é mais desejada, obviamente para dar um senso de coerência às restrições que nos impõem. 

Pergunta: Abandonada a imunidade de rebanho, aplicando vacinas com 50% de eficácia, sem ainda termos qualquer certeza sobre tempo de imunização e mesmo redução/eliminação do potencial de transmissão pelos vacinados, que nível de óbitos, números de leitos disponíveis, ou taxa de vacinação na população serão utilizados para determinar o fim das medidas restritivas?

8ª Pergunta:

Tese: Ao longo deste ano-pandêmico, o que mais ouvimos foi um desesperado e maluco discurso político contra o uso de medicamentos amplamente utilizados há décadas sem que tenham apresentado efeitos colaterais de alguma significância. Chegou-se ao ponto de ter uma entidade, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, que gerou um documento "condenando" a indicação preventivamente e mesmo profilaticamente de vários medicamentos, entre eles, a Ivermectina, a Hidroxicloroquina e até mesmo vitaminas (2) , num flagrante atentado ao juramento de Hipócrates (3) . Se considerarmos, como eu considero, que a relação médico/paciente envolve experiência clínica do médico, conhecimento histórico do paciente, compromisso com a vida e confiança mútua, fatores que tornam essa relação inviolável a ingerências externas, só a intenção política de indicar o não uso de fármacos numa pandemia de um vírus em que pouco dele ainda se conhece pode explicar tal desatino.

Perguntas: (1) Será que é por medo de os resultados virem a se mostrar positivos e isto atrapalhar os planos de poder de perdedores? Nenhuma inferência, só uma pergunta, lembre-se. (2) Se a comprovação só pode acontecer depois de mapeados os resultados do uso, não seria conveniente e desejável incentivar o uso e acompanhar e registrar tudo da melhor maneira possível? (3) Usar vacina com eficácia de 50% pode, sem cumprir as fases que garantem segurança pode, mas usar medicamento sem efeito colateral não pode?



Aguardo sentado.

P.S.: Publiquei esta postagem por volta de meio dia, e à noite assisti ao Pingo Nos Is e fiz uma edição da fala da Ana Paula Henkel que corrobora parte do que disse aqui. Assistam.



(1) Em Portugal o termo "bestial" tem o significado de bom, agradável. Não necessariamente no contexto desta postagem.

(2) A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) não recomenda tratamento farmacológico precoce para COVID-19 com qualquer medicamento (cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, eritromicina, nitazoxanida, corticoide, zinco, vitaminas, anticoagulante, ozônio por via retal, dióxido de cloro), porque os estudos clínicos randomizados com grupo controle existentes até o momento não mostraram benefício e, além disso, alguns destes medicamentos podem causar efeitos colaterais. Ou seja, não existe comprovação científica de que esses medicamentos sejam eficazes contra a COVD-19.

(3) Na versão do juramento de 2017 você encontra os seguintes juramentos:

"– RESPEITAREI a autonomia e a dignidade do meu doente;"

"– PARTILHAREI os meus conhecimentos médicos em benefício dos doentes e da melhoria dos cuidados de saúde;"

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