Para que o e-leitor tenha uma noção clara de como enxergo a vida, antes de tratar do que vou tratar, preciso esclarecer que não há nada transcendental, nem hereditário, nem de mérito próprio, que justifique o fato de eu e meus companheiros dos 5% da faixa de renda mais alta da população, que justifique esta posição. Mas a maioria destes meus companheiros não pensa como eu. É a isto que chamo de "hipocrisia dos privilegiados".
Esta "viagem filosófica" vem a propósito do fato de que em todas estas medidas de "ajuste fiscal", em nenhum instante, por ninguém, seja no governo, no congresso ou na mídia, foi proposto o ajuste das receitas do Estado às novas atribuições obrigatórias gradativamente impostas pela sociedade ao longo, principalmente, destes últimos 100 anos (1).