quinta-feira, setembro 23, 2021

RECEITA DO SOCINISMO: HIPOCRISIA COM CINISMO

 

Há cerca de três anos virei um aposentado. Vendi minhas participações nas empresas e só não botei o pijama porque não o tenho. Desde então me dedico a tentar entender esse nosso tempo, tanto no que toca às consequências da digitrônica em nosso modelo de vida e trabalho, quanto nas questões relacionadas ao pacote que podemos identificar como a grande Nova Ordem Mundial. E desde então vivo com meu equipamento perceptivo em suspenso, à espera de um novo susto. Explico.

Eu e muitos dos que me lêem estivemos por umas 4 décadas mergulhados na tarefa de carregar sobre as costas, como Atlas, o mundo das obrigações profissionais e familiares. Outros leitores ainda estão envolvidos com estes fardos, e digo isso sem fazer quaisquer  considerações morais ou de valor. Ou seja, nossa atenção para temas periféricos era nenhuma ou quase nenhuma. Votamos por impulsos ralos; em lugar de representantes elegemos “personalidades” que alçaram desconhecidos ao Congresso[1]; ignoramos o tal de Paulo Freire e o que estava se passando nas salas de aula de nossos filhos e netos; tratamos como inofensivas “performances” pretensamente “artísticas” que atacavam valores da família; consumimos em larga escala produtos “Made in China”; só fomos descobrir o Foro de São Paulo e seus objetivos muito recentemente; e só com a disseminação das redes sociais passamos a dar alguma atenção à política e a ter alguma noção da necessidade de termos que nos unir para impedir que déspotas venham a assumir o poder no Brasil em futuro próximo.

Nesta postagem, trago uma coletânea de afirmações, avaliações e reflexões de diversos pensadores sobre as utópicas e tirânicas propostas do socinismo[2]. É mais um passo no sentido de construirmos uma visão absolutamente clara, límpida, do que é o PTdoG, em que “filosofias” seus dirigentes e seus “intelectuais” estruturam suas falas, suas intenções e suas ações. Neste e em próximas postagens, vou apresentar informações que ajudem o Leitor a entender, pelo menos um pouco melhor, o significado que palavras como democracia, direitos, igualdade, liberdade de opinião e outras têm para seus (deles) partidários (assista o nonsense total no caso da demissão de Alexandre Garcia da CNN). Espero que ao final você tenha a convicção de que o comunismo no poder será uma prática que contrariará a teoria proclamada, pois a pretensão quando no phoder será o controle total e absoluto sobre os cidadãos.

É claro que eles têm que conviver com o fim da URSS, com a realidade da Venezuela, de Cuba e da Coréia do Norte. Mas a hipocrisia cínica da esquerdopatia se agarra à proposta básica de, se o socinismo não vingou, há que se destruir o capitalismo.

Boas reflexões!

 


ALAIN BESANÇON (1932/...)
- Historiador francês, ex-simpatizante do comunismo

O comunismo consegue ser pior que o nazismo, pois, ao contrário deste, soube como ninguém tingir o seu mal especifico com as cores do bem; disfarçar a amoralidade (ou nova moralidade) revolucionária sob o vocabulário da moral “burguesa” ordinária (justiça, igualdade, liberdade etc.); parasitar e perverter o senso de caridade e o amor ao próximo.  (...) induzindo as boas almas a transigir com o mal (...). 

ALEXIS DE TOCQUEVILLE (1805/1859) – Pensador político, historiador e escritor francês.

A democracia amplia a esfera da liberdade [dizia ele em 1848], o socialismo a restringe. A democracia atribui a cada homem o valor máximo; o socialismo faz de cada homem um mero agente, um simples número.


AYN RAND (1905/1982)[3]Escritora russa naturalizada americana.

[No socinismo][4] Os que produzem se tornam escravos dos que necessitam.

Atualmente acredita-se que meu próximo pode me sacrificar de qualquer modo que ele bem entender para atingir qualquer objetivo que considere bom para si, desde que ache que pode se apossar da minha propriedade simplesmente porque precisa dela.

Bastou a primeira assembleia pra gente descobrir que todo mundo tinha virado mendigo. (...) O jeito era chorar miséria, porque era a sua miséria, e não o seu trabalho, que agora era a moeda corrente de lá. (...) Não há maneira melhor de destruir um homem do que obriga-lo (...) a se esforçar por fazer o pior possível dia após dia.

O homem agora se elevará por obra dos esforços que não fez, será honrado pelas virtudes que não demonstrou ter, será pago pelos bens que não produziu.

[O pensamento socinista quer] Culpar a vítima de um assalto por corromper a integridade do marginal.

Quem é você para pensar? (...) Quem é você para saber? Os burocratas é que sabem. Quem é você para protestar? Todos os valores são relativos!

A força, a fraude e o saque, é só o que eles [socinistas] conhecem!

BENITO MUSSOLINI (1883/1945) – Político italiano que liderou o Partido Nacional Fascista.

As massas simplesmente seguirão e se submeterão.


BENJAMIM FRANKLIN (1706/1790) –  Um dos líderes da Revolução Americana, conhecido por suas citações e suas experiências com a eletricidade.

Aqueles que se dispõem a renunciar à liberdade essencial em troca de uma pequena segurança temporária não merecem nem liberdade nem segurança.

DEIRDRE McCLOSKEY (1942/...)    Economista americana.

Capitalismo deveria ser chamado de “inovismo”. E socialismo deveria se chamar “coercionismo”

Ela considerou que] se formos nos afastar do universo das ideias e nos concentrar na guerra, é claro que os países socialistas são melhores na guerra do que os capitalistas. Mas eu desgosto tanto das palavras que usamos, da palavra que começa com “s” e da palavra que começa com “c”. Elas são enganosas, ambas cunhadas por inimigos da liberdade.

Claro que o socialismo é literalmente o uso do monopólio dos governos da coerção física para forçar as pessoas a fazer o que, de outra forma, elas não decidiriam fazer.


FLÁVIO GORDON (1979/...)
– Antropólogo, colunista do jornal Gazeta do Povo

É importante observar a existência de um capitalismo subterrâneo em vigor na URSS, onde se criou uma brutal divisão social pela qual os altos membros do governo, do partido e do funcionalismo público tinham acesso, via mercado negro e corrupção a produtos importados e exclusivos, enquanto o restante da população vivia na escassez das mercadorias locais.

Há duas coisas que o comunismo fez em escala industrial: denunciar e matar.

A sociedade utópica dos esquerdistas é uma “promessa autoadiável”.

Resta que alguns brasileiros estão a postos para impedir que a farsa prospere.

Gordon indica para leitura "URSS: a sociedade corrupta – o mundo secreto do capitalismo soviético, de Constantin Simis".

FRÉDÉRIC BASTIAT (1801/1850) – Economista e jornalista francês.

Para os socialistas existe um estado natural de abundância. Nunca compreenderam a escassez, a existência de recursos limitados.


FRIEDRICH A. HAYECK (1899/1992) – Economista e filósofo austríaco, prêmio Nobel de Economia de 1974.

Fomos aos poucos abandonando aquela liberdade de ação econômica sem a qual a liberdade política e social jamais existiu no passado.  (...) Embora (...) nos advertissem de que socialismo significa escravidão, fomos continuamente avançando em direção ao socialismo.

Socialistas democráticos [??] eram considerados por Hayek indivíduos genuinamente humanos sem a “crueldade” necessária para atingir seus objetivos sociais, mas também eram vistos por ele como pavimentadores do caminho para outros – incluindo fascistas e comunistas – que concluiriam a destruição da liberdade depois de minar irremediavelmente os princípios de igualdade perante a lei e as limitações no poder político na busca da “ilusão da justiça social”.

Racionalismo construtivista: O socialismo parte da ingênua visão de que a racionalidade humana pode desenhar a sociedade perfeita.

É mais importante remover os obstáculos com que a insensatez humana obstruiu o nosso caminho e liberar a energia criadora dos indivíduos, do que inventar novos mecanismos para “guiá-los” e “dirigi-los”.

GEORGE ORWEL (1903/1950) – Escritor, autor de 1984, jornalista e ensaísta político inglês.

O socialismo é a promessa do paraíso sem esforço.

Os socialistas não amam os pobres, eles simplesmente odeiam os ricos.


JEAN-FRANÇOIS REVEL (1924/2006) – Filósofo, escritor e jornalista francês.

Se o fascismo e o comunismo só tivessem seduzido os imbecis, teria sido mais fácil livrar-se deles. 

O comunismo promove a perda de liberdade sem qualquer ganho do lado social. 

A esquerda sofre da ilusão de que existe alguma variedade de comunismo além da versão stalinista. 

É sempre a alegação de que tudo é parte de um processo necessário para um futuro radiante e igualitário chegar.

Se eventuais erros são reconhecidos estes o são atribuídos à execução, nunca da liderança ou dos princípios adotados.

[O esquerdopata] sempre sai ganhando, independente do fato de vencer ou perder a luta pelo poder. Se vencer, ou seja, instalando-se um regime socinista, ele integrará a oligarquia que assume o poder - é, pelo menos, sua esperança -, se perder, continuará a viver e exercer seu modo oposicionista tolerado por uma sociedade livre, sem qualquer risco, mantendo seu prestígio de ser um não-conformista,  e isto num sistema econômico livre, deleitando-se com as benesses do sistema capitalista. 

O comunismo promete abundância e cria miséria; promete liberdade, e impõe a servidão; promete a igualdade, e termina com a mais desigual das sociedades, uma classe de nomenclatura cujos privilégios chegam a um patamar desconhecido até nas sociedades feudais. 

O comunismo explora o motivador utópico perene da nossa espécie.

KARL POPPER (1902/1994) – Filósofo e professor austro-britânico.

Marx, que não era proletário, arrogava-se a capacidade de pensar por toda uma classe à qual ele não pertencia.


LENIN (pseudônimo de Vladimir Ilyich Ulianov) (1870/1924) - Revolucionário comunista, político e teórico político russo. 

É chegada a hora de levarmos adiante uma Batalha cruel e sem perdão contra esses pequenos proprietários, esses camponeses abastados.

LUDWIG VON MISES (1881/1973) – Economista teórico austríaco.

[Para Marx e seus adePTos] o pensamento é determinado pela classe social da pessoa. [Daí que para ele] As ideologias devem ser desmascaradas através da denúncia da posição da classe, a origem social de seus autores.


MILLÔR FERNANDES (1923/2012) – Desenhista, humorista, dramaturgo, escritor, poeta, tradutor e jornalista brasileiro.

Comunismo é uma religião igualzinha às outras. Pra quem acredita, não precisa explicação. Pra quem não acredita, não adianta explicação.


ROGER SCRUTON (1944/2020) – Filósofo e escritor inglês. [Sartre, mesmo depois de saber sobre os campos de concentração na União Soviética] urgiu seus compatriotas a “julgarem o comunismo por suas intenções, e não por suas ações”.

O marxismo destrói a realidade em favor de uma ideia.

Doses de pessimismo são cruciais para se evitar catástrofes. Pessoas escrupulosas misturam um pouco de pessimismo às suas esperanças, reconhecendo que a vida possui limites, não apenas obstáculos. Há uma forma de vício na irrealidade que cria uma das formas mais destrutivas de otimismo, o desejo de substituir a realidade por um sistema de ilusões.

THOMAS SOWELL (1930/...) – Economista e escritor.

Termos como “responsabilidade social” ou “contrato social” são usados para descrever o que terceiros querem que seja feito, desconsiderando se outros concordaram ou não em fazê-lo.

“Propósito público” pode significar quase que qualquer coisa.

YUVAL NOAH HARARI (1976/...)   Professor israelense de História e escritor.

Pode-se discutir se é melhor fornecer às pessoas uma renda básica universal (o paraíso capitalista) ou serviços básicos universais (o paraíso comunista). Ambas as opções têm vantagens e desvantagens. Mas não importa qual paraíso você escolha, o problema real está em definir o que “universal” e “básico” realmente significam.


ZYGMUNT BAUMAN (1925/2017) – Sociólogo e filósofo polonês.

Segurança sem liberdade equivaleria à escravidão (...) e liberdade sem segurança desataria o caos.


Dia após dia, milhões de homens e mulheres em milhares de aeroportos de todo o mundo, pressurosos por embarcar em seus voos, fazem longas filas com atitude dócil, ou mesmo entusiástica, para se submeter a controles pessoais e revistas corporais que antes teriam qualificado como mais uma manifestação sinistra e humilhante das aspirações totalitárias atribuídas aos poderes vigentes.


A liberdade e a segurança não podem sobreviver uma sem a outra, por assim dizer, mas tampouco podem conviver em paz. (...) O movimento pendular é o resultado dessa aporia [situação insolúvel].


Embora transformando seres amedrontados em escravos das ordens divinas, essa extraordinária transformação do Universo em Deus foi também um ato de empoderamento humano indireto. De agora em diante, os seres humanos teriam de ser dóceis, submissos e condescendente (...) para garantir que as horrorosas catástrofes que temiam passassem por eles sem atingi-los (...)

 

Pelo simples expediente de serem dóceis, as pessoas podiam forçar Deus a ser benevolente.


Encerrando, me permita incluir duas reflexões minhas e duas notas.

1 - A incongruência ao associar democracia a socinismo está no simples fato de que se alguém detém a verdade - no caso a verdade política - é óbvio que ela não precisa da democracia, ou, mais corretamente, os valores democráticos ainda vigentes são o obstáculo a ser eliminado.

2 - Os "engenheiros sociais" são ungidos que imaginam poder moldar o indivíduo submisso a normas que visam uma utópica, incongruente e, portanto, impossível sociedade perfeita.

3 – No dia 22/09/21, assistindo o programa “Pingo Nos Is”, fico sabendo dos esquerdopatas que praticam sua “democracia” postando mensagens de “desejo de morte” ao Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que contraiu COVID!!!

4 – E também no dia 22, fico sabendo da greve de fome do jornalista Wellington Macedo, preso por Alexandre de Moraes, que já dura 18 dias, cuja debilidade sua mulher avalia lhe dar mais poucos dias de vida.


[1] Ver esta matéria que traz os números sobre o assunto.

[2] Por considerar que muitos conceitos são comuns tanto ao comunismo quanto ao socialismo, venho usando “socinismo” para referenciar o “pacote” das utopias dos dois sistemas.

[3] As citações atribuídas a Ayn Rand são falas ou reflexões dos personagens do romance A Revolta de Atlas.

[4] Entre colchetes são inserções minhas.

NOTA: Para mais ideias da maioria dos autores citados, visite paulovogel.blog.br e acesse a aba "Extratos".

segunda-feira, setembro 20, 2021

REFLEXÕES TEMÁTICAS – SERVIDÃO & SUBMISSÃO

 

“Asno de muchos lobos termina comido.”

Ditado espanhol


Hoje trago o tema “servidão & submissão”, pois talvez estas sejam as palavras que a história deixará impressa à força de “STF e Grande Mídia” como marca destes nossos tempos. Estamos servis a uma instância “Suprema” que nos cala, e, ao que me parece, a um complô conduzido por “autoridades” governamentais que nos submetem a um processo de vacinação obrigatória onde somos cobaias involuntárias de experimentos científicos.

Para refletirmos sobre em que assustador mundo novo estamos inseridos é que fiz uma coleta de reflexões (em ordem alfabética de autor) sobre estas questões. Por outro lado, é uma preparação para o que vou publicar à frente sobre as bases “filosófico-utópicas” que sustentam o pensamento dominante na elite intelectual ocidental, o que foi rotulado como “a Intelligentsia”.

Boas reflexões a todos.

 

ALEXIS DE TOCQUEVILLE (1805/1859)

O socialismo é a nova forma de escravidão.

[Tocqueville temia que um novo tipo de escravidão surgisse sob o manto da democracia.] A sociedade desenvolverá um novo tipo de servidão que cobrirá a sua superfície com uma rede de regras complicadas através das quais as mentes mais originais e os personagens mais enérgicos não podem penetrar. Ela não tiraniza, mas comprime, enerva, extingue e estupidifica um povo, para que cada nação seja reduzida a nada mais do que um bando de animais tímidos e laboriosos dos quais o governo é seu pastor.

Depois de ter subjugado sucessivamente cada membro da sociedade, modelando-lhe o espírito segundo sua vontade, o estado estende então seus braços sobre toda a comunidade. (...) A vontade do  homem não é destruída, mas amolecida, dobrada e guiada; ele raramente é obrigado a agir, mas é com frequência proibido de agir. (...) até que cada nação seja reduzida a nada mais que um rebanho de tímidos animais industriais, cujo pastor é o governo [tudo por conta dos “déspotas do bem”].

Nada é tão maravilhoso quanto a arte de ser livre, mas nada é mais difícil de aprender a usar quanto a liberdade.


AYN RAND (1905/1982) (1) 

As frases citadas são de personagens em A Revolta de Atlas.

O homem que deixa que um líder determine seu percurso é um veículo amassado sendo rebocado para o ferro-velho.

Não entro em discussão com aqueles que acham que podem me proibir de pensar.

O mal é impotente e só dispõe do poder que lhe permitimos arrancar de nós. 


CHARLES DUCLOS (1704/1772)

Não são os tiranos que fazem os escravos: são os escravos que fazem os tiranos. 



CHARLES ÉDOUARD GODIN (1927/1986)

Os pastores hão de ser brutos enquanto as ovelhas forem mansas. 


ETIENNE DE LA BOÉTIE (1530/1563) (2)

São os povos que se deixam oprimir, que tudo fazem para serem esmagados, pois deixariam de ser no dia em que deixassem de servir.

É o povo que se escraviza, que se decapita, que, podendo escolher entre ser livre e ser escravo, se decide pela falta de liberdade e prefere o jugo, é ele que aceita o seu mal, que o procura por todos os meios.

Os eleitos procedem como quem doma touros; os conquistadores como quem se assenhoreia de uma presa a que têm direito; os sucessores como quem lida com escravos naturais.


FRIEDRICH A. HAYECK (1899/1992) (3)

Não surpreende que os homens desejem livrar-se da cruel escolha que as circunstâncias muitas vezes lhes impõem. Mas poucos desejam fazê-lo, deixando a outros resolver por eles. O que querem é simplesmente que a escolha não seja necessária.

Fomos aos poucos abandonando aquela liberdade de ação econômica sem a qual a liberdade política e social jamais existiu no passado.  (...) embora (...) nos advertissem de que socialismo significa escravidão, fomos continuamente avançando em direção ao socialismo.


GUILHERME FIUZA (1965/...)

É preciso reconhecer que a decisão de não pensar remove montanhas de dúvidas.


JEAN-JACQUES ROUSSEAU (1712/1778) (4)

Os povos, uma vez acostumados a possuírem senhores, não são mais capazes de privar-se deles.

O povo, já acostumado com a dependência, o repouso e as comodidades da vida e já incapaz de romper suas correntes, consentiu em deixar que se aumentasse sua servidão para consolidar sua tranquilidade; e é assim que os chefes, tornando-se hereditários, acostumaram-se a ver sua magistratura como um bem de família, a ver a si próprios como proprietários do Estado, do qual eram, de início, tão somente funcionários, a considerar seus concidadãos como escravos, a incluí-los, tal como o gado, entre as coisas que lhes pertenciam e a considerar a si mesmos como iguais aos deuses e reis dos reis.

Se vemos um punhado de poderosos e de ricos no topo das grandezas e da fortuna, enquanto a multidão rasteja na obscuridade e na miséria, é porque os primeiros só estimam as coisas que desfrutam na medida em que os outros delas estão privados, e porque sem mudar de estado, deixariam de ser felizes se o povo deixasse de ser miserável.

[Dizia Plínio a Trajano:] "Se temos um príncipe é para que nos preserve de ter um senhor."


JOHANN WOLFGANG VON GOETHE (174/1832)

Não somos enganados nunca: somos nós que nos enganamos a nós mesmos.

 


MICHEL DE MONTAIGNE (1533/1592) (5)

Estes, que vês furioso e fora de si, escalar as ruínas do forte, em meio à fuzilaria; e o outro que, cadavérico, esfomeado, coberto de cicatrizes e decidido antes a morrer do que a deixar passar o inimigo, imaginas que agem por conta própria? Pois é por conta de fulano e beltrano, que nunca viram, fulano e beltrano que não se preocupam sequer com seus feitos e mergulham no ócio e nos prazeres enquanto eles se matam.

O único resultado que pude constatar no emprego da vara ou do chicote foi tornar as almas mais covardes e mais obstinadas no mal.

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Para conhecer um pouco mais do pensamento de alguns pensadores citados acima, acesse o respectivo extrato que fiz de uma de suas obras:

(1) Ayn Rand: romance "A Revolta de Atlas".

(2) Etiénne de La Boétie: "Discurso sobre a Servidão Voluntária".

(3) Friedrich Hayeck: "O Caminho da Servidão".

(4) Jean-Jacques Rousseau: "Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens".

(5) Michel de Montaigne: "Ensaios".

NOTA: Para mais ideias da maioria dos autores citados, visite paulovogel.blog.br e acesse a aba "Extratos".

sábado, setembro 11, 2021

EU, NÃO, A-CRE-DI-TO! EU, NÃO, A-CRE-DI-TO! (*)

 

Podem fazer as análises que quiserem. A favor ou contra o arrego de Bolsonaro. Podem acreditar na moderação de Heleno e Mourão. Em toda a lógica passapanista de apoiadores frustrados. Nós não fomos induzidos, convidados, a ir para as ruas no 7 de setembro para isto. Podem tergiversar quanto quiserem, mas Bolsonaro de há muito vem sendo claro: “eu farei o que vocês me pedirem”. E em resposta uma parcela significativa da sociedade brasileira disse, em síntese: “limpe o STF” e “implante o voto auditável”. Simples assim.

Eu não acredito na existência de qualquer possibilidade de negociação democrática quando se está numa guerra[1] pela tomada do phoder, por razões históricas, psicológicas, e da simples observação do que estou assistindo. E seria leviandade e arrogância minhas julgar o Presidente sem ter o menor conhecimento do que acontece em meio às paredes dos principais prédios da República. Eu sempre imagino como deve ser difícil estar naquela cadeira lidando com pressões por intere$$e$ desejados (mesmo que republicanos) e, no caso dele, tantos intere$$e$ prejudicados (mesmo que republicanos). Basta lembrar: políticos, partidos, sindicatos, entidades como MST, MTST, ONGs cujos interesses nunca são claros, empresários amigos do Rei, verbas publicitários a veículos da mídia que sumiram, ameaças de perda de concessão, os possíveis afetados por uma reforma administrativa (“desde que eu não perca meus privilégios e ‘direitos adquiridos’”), empresas temerosas de uma reforma tributária (que só é boa se “me beneficiar”) etc. etc. etc.

A História mostra que como resultado de qualquer embate, haverá, ao final, um vencedor e um perdedor. Quem acredita num recuo de Moraes está se enganando, está cego para o fato evidente de que ele está a serviço de “alguém”, ou, no mínimo, de uma “causa”. Se de alguém, até agora não se sabe de quem. Se de uma causa, está claro que não é a da democracia, nem da liberdade de expressão, muito ao contrário, sua intenção é de ELIMINAR qualquer dissonância com os propósitos socinistas[2]. Moraes não vai parar. No momento ele só contemporizou para não ser ingrato com Temer, seu tutor e quem o nomeou para o STF. É só esperar para ver.

A psicologia, que trata de entender as nuances da mente humana, mostra que reconhecer um erro é mais do que uma dificuldade que temos como indivíduos, e é, na maioria das vezes, uma total impossibilidade[3]. Mas quando se chega à beira da derrota, não há outro fim a não ser a da derrota por nocaute, pois, se entregar, nunca está nos planos daquele que se encontra combalido.

Já a observação dos acontecimentos da vida me mostra, todos os dias, todas as horas, em todas as situações, que na ação humana o que predomina é o interesse particular, é a genética egoísta - estudada e explicada por Richard Dawkins -, que nos conduz (e não como um imperativo moral). Esta constatação é que me leva a deixar as tantas perguntas incômodas para as quais ainda não temos respostas minimamente satisfatórias:

  1. O que justifica um “eminente” jurista, elevado a Ministro do STF, declarar em discurso na suprema corte que “quem não quer ser criticado que fique em casa” e pouco tempo depois ser autor do “inquérito do fim-do-mundo” que, por qualquer crítica feita em redes sociais a ele ou a seus pares, autoriza prisões a arrepio da Constituição?
  2. O que justifica outro “eminente” advogado, também integrante do STF, em solene evento de apresentação da urna com voto impresso auditável tenha declarado que “Na vida, a gente deve trabalhar para minimizar o risco de problemas e não para aumentá-los. A sabedoria não é vencer os problemas, mas evitá-los quando possível”. Entretanto, agora, quando o Presidente Bolsonaro propõe a implantação de tal recurso, ele se agarra ferrenhamente à posição de ser contra tal processo auditável, chegando a ponto de dizer que a "garantia” da inviolabilidade das urnas e da legitimidade da totalização é expressa num "podem confiar em mim"!!!???
  3. Qual a fortíssima razão para que o STF, através de um ato de um de seus ministros, prende um deputado em flagrante atentado à imunidade parlamentar prevista na Constituição e em absurdo desrespeito pelo poder Legislativo? E, em decorrência, o que sustenta a não reação do Congresso?
  4. Como entender as tantas quebras inconstitucionais de sigilo bancário e telemático de empresas de atuação na mídia digital, sem qualquer e mínima acusação, enquanto negam até hoje a quebra destes mesmos sigilos de Adélio e seus advogados? Será que tem mandatário do atentado que não pode ser descoberto?
  5. ... Você pode seguir com a lista de exemplos tomados da ação de outros “Supremos”; prisões de jornalistas, dona-de-casa, cantor sertanejo, líder de caminhoneiros etc.

Eu fico por aqui, pois meu objetivo é imaginar onde atos como esses vão nos levar, porque, não duvide, eles vão continuar a acontecer. Eles vão continuar a atacar qualquer coisa que o governo faça e Bolsonaro fale. Os partidos de oposição vão continuar a judicializar qualquer decisão do Congresso. A imprensa continuará a falsear desavergonhadamente os fatos mesmo que imagens a desmintam. A “intelligentsia” nacional e internacional esquerdopata vai continuar a usar a novilíngua para desqualificar tudo e a todos. Empresários que progrediram encostados nas benesses do Estado petista, vão continuar a desejar e apostar na volta do “ancien régime”, com 9Fingers ou com “terceira via”.

Antes de terminar, quero apresentar um outro raciocínio que vou deixar para o Leitor avaliar se é o que acontece por trás dos véus negros que impedem uma visão realística do que acontece no planalto central e, se sim, qual a relevância para o processo eleitoral de 2022.

Pensem comigo. As facções criminosas têm em Bolsonaro (ou em qualquer governo que apoie valores conservadores) o maior inimigo. Seja porque eles não querem ver aprovadas leis que permitam a posse e o porte de armas para o cidadão de bem se defender, seja porque a ideologia “progressista” protege bandidos sob o argumento de que são “vítimas” da sociedade, não é razoável supor que os grandes chefões do crime e do tráfico nacional e internacional de drogas estejam MUITO interessados no processo político-eleitoral? E se aceita esta tese, não é óbvio imaginar que estejam “investindo” recursos para terem seus interesses atingidos? E não é possível imaginar ainda que tais atuações, não conhecidas, possam estar sendo de pressão (até de ameaças à vida) sobre agentes aparelhados dentro do Estado para mexerem “pauzinhos” aqui e ali para contribuir com o plano geral? É só uma pergunta.

A multidão avassaladora de uns “poucos mil”[4] pelo Brasil afora no 7 de setembro e em datas anteriores, é fundamental para a resistência dos que não aceitam se tornar escravos de uma “ditadura do proletariado[5]. Teremos que ir às ruas mais vezes sempre que percebermos necessário, e lembrando que não basta fazer o melhor que podemos, temos que conseguir o que queremos[6].  Mas não coloco um centavo de real na aposta de um acordo que permita o país voltar a uma normalidade institucional e na possibilidade de Bolsonaro chegar às eleições de 2022 sem uma forte ruptura. Os intere$$e$ prejudicados pelos atos do governo Bolsonaro são muitos e grandes. Há uma quantidade enorme de perdedores de 2018 além do PT. A corda vai continuar a ser esticada e a normalidade desejada por nós só virá quando ela finalmente arrebentar deixando agentes caídos por todos os lados, dos dois lados. É por isto que...

EU, NÃO, A-CRE-DI-TO! EU, NÃO, A-CRE-DI-TO!

(Ler com a entonação que o povo dá nas ruas.)

(*) Acompanhe a nova página/aba LOG 7/9 onde vou procurar manter a cronologia dos atos relativos e consequentes às manifestações do dia 7/9/21. 


[1] Sobre a mensagem do Presidente, está na pauta em parte da netmídia a fala de Churchill sobre o acordo celebrado por Chamberlain:  "Entre a desonra e a guerra, escolheste a desonra, e terás a guerra".

[2] Socinistas e socinismo, são expressões que venho usando para identificar o pacote, na maioria das vezes, indistinguível entre socialismo e comunismo, entre socialistas e comunistas.

[3] Recuar não possível, ou recuar é para tomar impulso, ou recuar é um ato de heroica dignidade?

[4] Veja e compare imagens, declarações e títulos de matérias nas redes sociais com as da mídia tradicional.

[5] Só uso a expressão “ditadura do proletariado” porque esta é a que os fãs de Marx e Gramsci usam para sintetizar seus objetivos.

[6] Ideia similar é atribuída a um discurso de Winston Churchill. Para muitas frases deste estadista, ver https://www.pensador.com/frases_de_winston_churchill/

quarta-feira, setembro 08, 2021

CAPITALISMO, LIBERALISMO, MERITOCRACIA E PRECONCEITO

Motivado por opiniões postadas num grupo de Whatsapp que evidenciaram algum entendimento errôneo de alguns conceitos, o que é normal, vou procurar dar alguma contribuição sobre eles.

CAPITALISMO E LIBERALISMO

A maioria das pessoas (minha avaliação) faz uso destes dois termos como se fossem sinônimos. Não são. O conceito de capitalismo diz respeito à formação de capital para aplicação com o objetivo de obter retorno financeiro, preferencialmente, acima da inflação. Tal aplicação pode ser na criação de empresa para a produção de bens, ou para o comércio de bens, ou para a prestação de serviços específicos, ou como investimento em outras empresas. Quando falamos sobre capitalismo, estamos envolvidos, basicamente, com temas como propriedade, risco, produtividade, rentabilidade, crescimento, competição de mercado, identificação de tendências de demanda, lucro ou prejuízo.

Outro erro normalmente observado é quando as pessoas colocam em oposição capitalismo e comunismo, o que não é correto. Um dos melhores exemplos da atualidade é a China, um país de regime totalitário, partido único, um Estado no qual impera uma ordem social estruturada sobre as ideias de igualitarismo, propriedade comum e na ausência hipócrita de classes (ou alguém é inocente útil que acredita nisso?), quadro que define o que seja comunismo, onde o Estado é o planejador da economia, mas onde o capitalismo, ou seja, o direito de empreender através da acumulação de capital pelo lucro obtido em uma atividade qualquer, é o mecanismo realizador do que o governo deseja ver implantado. No Brasil atual, o melhor exemplo do capitalismo chinês são empresas que estão comprando propriedades (terras, imóveis e vencendo leilões de privatização) e não o Estado Chinês.

Quando contrapomos capitalismo e comunismo, estamos colocando de um lado a liberdade do cidadão de fazer/empreender aquilo que “lhe der na telha”, e de outro a submissão/servidão ao Estado que é o responsável pode dizer o que ele “deve” fazer. Em um próximo texto vou tratar de estatismo, uma consequência deste sistema político, comparado ao liberalismo econômico.

Feita esta distinção, podemos tratar agora de liberalismo. O capitalismo é um sistema[1] econômico com princípios, regras, leis, penalizações (tanto do Estado quanto do próprio mercado) etc. que visa regular as interações dos inúmeros agentes de modo, principalmente, a (1) evitar ou amenizar os efeitos de monopólio e cartéis, e (2) deixar a estes agentes a busca do equilíbrio entre fartura e escassez. Já o liberalismo é uma doutrina baseada na defesa da liberdade individual, ou seja, o direito dado ao cidadão, normalmente pela própria Constituição, para conduzir sua vida pessoal e profissional de acordo com sua vontade, seus desejos e interesses. As normas, quando existem, são morais, dinâmicas (estão em constante ajuste às realidades vividas) e diferentes em cada sociedade, pois dependem dos valores culturais nela praticados. Pode-se, portanto, inferir que liberalismo não é um sistema, nem mesmo diz respeito a capital, ele é o conceito que define o nível de liberdade que um cidadão tem dentro de uma sociedade. Politicamente, o liberalismo é tão somente o direito de se manifestar, opinar, escrever, publicar, votar sem coação, e o dever de respeitar este mesmo direito naqueles que não partilham das mesmas opiniões.

MERITOCRACIA E PRECONCEITO

Um método é uma maneira de se fazer alguma coisa. Uma expressão muito ouvida é “ele não tem método”, isto ou aquilo “não tem metodologia”. A meritocracia é um método para avaliar comparativamente o desempenho entre duas ou mais pessoas. A Olimpíada, assim como toda e qualquer competição entre humanos para atingir alguma meta, só existe porque o método para estabelecer quem vence, é a meritocracia: vence aquele que teve mais mérito, vence aquele cujo esforço e determinação empreendidas lhe permitiram fazer melhor que os demais[2]. Sei que acabo de dizer o óbvio, mas é que a coisa não para por aí, pois precisamos analisar o que ou quem define o vencedor.

Num jogo de futebol recente, o equipamento do VAR[3] deu problema exatamente na hora de um lance polêmico. Tanto o juiz em campo, quanto o próprio equipamento, quanto os juízes auxiliares que avaliam as imagens, foram agentes para a formulação da decisão final dada. Ok, não é um caso típico de meritocracia, uso apenas para mostrar que toda metodologia (juiz e VAR são aplicadores de um método) está sujeita a interpretações e subjetivismos. E é aí onde a coisa pega.

Tomando o exemplo acima, há quem é de opinião que se deveria acabar com o VAR. Outros, talvez, prefiram acabar com o juiz de campo. E talvez, os não aficcionados por futebol, queiram apenas que não se jogue mais futebol dadas as tantas “injustiças” que acontecem durante um jogo. Mas parece que a maioria gosta tanto dos momentos e sentimentos que o esporte lhes proporciona, que não se importam com erros eventuais na aplicação do método.

Uma situação frequente que sempre nos deparamos quando em nossas  relações humanas é a de julgamento do outro, por qualquer motivação que seja. É destas situações que surge o preconceito. Desde o homo sapiens habitante das cavernas, vivendo em pequenos grupos nômades, a necessidade de ter uma percepção rápida das suas circunstâncias se instaurou na gênese de nossos ancestrais como habilidade para a sobrevivência e perpetuação da espécie. Estamos aqui graças a isto.

O preconceito (conceito formado antes do conhecimento dos fatos) é como a libido; é instintivo. Não se acaba com uma como não se acaba com o outro por vontade utópica de terceiro, por decreto, pela ameaça de cadeia, pela força física ou pelo “paredão” – neste caso não sobraria ninguém para ter proveito do resultado[4]. Tal como a hipocrisia, é um dos recursos para os seres humanos explicarem o mundo à sua volta e tocaram o seu dia-a-dia. Mas ele está em todos nós, em todos os lugares e, principalmente, quando o método em pauta não é seguido com absoluta honestidade e obediência aos critérios do método na avaliação de quem vence e quem perde.

Mesmo quando o método foi corretamente aplicado, a interpretação do resultado feita pelo prejudicado, ou perdedor, ou preterido, ou vaiado, ou desconsiderado, frequentemente é impregnada pela frustração própria ou dos sonhos e desejos de familiares, amigos, mestres, treinadores, educadores etc.

Até aí, creio que todos podem estar razoavelmente em acordo de que tais situações são da vida, aquela que não é justa, nem injusta. Apenas é. O problema é quando pessoas normalmente impregnadas de utopia – aquilo que imaginamos como mundo ideal a partir do que nós achamos ser o ideal e que a psicologia coloca como “modelos para suportar a realidade” – passam a querer curar a humanidade das dores das tantas injustiças que enfrentamos desde a nossa concepção[5]. Quando tal frustração não leva para a formulação de teorias de controle da heterogeneidade da espécie humana, leva para uma atitude de vitimização, onde a pessoa passa a se considerar perseguida por outro, seja com base em suas características individuais, seja pelo resultado frustrante de suas tentativas em alcançar um ou outro objetivo. É de Michel de Montaigne a observação de que "condenamos tudo o que nos parece estranho e também o que não compreendemos". Analisar tudo sobre preconceito não é cabível aqui, apenas chamo a atenção sobre o papel que tem na sociedade. 

Eu procuro tirar minhas “verdades” da observação das minhas circunstâncias, da vida ao meu entorno, das conclusões que tiro sobre como se deu tal ou qual evento, que princípios estavam em jogo, que valores estavam sendo preservados ou atacados. E se aprendi algumas coisas que trago como realidades para uma boa civilização, são estas: cada ser humano é uno, indivisível e inigualável; a liberdade é o que nos permite realizar nossos sonhos; se eu por mim não fizer, quem o fará?; a pior das agressões à integridade do ser, é a  opressão que poucos fazem exigindo a servidão de muitos para ter como proveito tudo que seja em proveito próprio.

Até mais!


[1] Sistema, para o que nos interessa neste texto, é o conjunto de métodos interligados para solução de problemas/demandas a partir de um certo grau de complexidade.

[2] De Roger Scruton, destaco este texto: [Algumas pessoas insistem em que seja um método melhor] julgar o sucesso humano pelo fracasso de alguns. Isso sempre lhes fornece uma vítima a ser resgatada. No século XIX, eram os proletários. Nos anos 60, a juventude. Depois, as mulheres e animais. Agora, o planeta.”

[3] A Federação Internacional de Futebol (Fifa) implantou um sistema eletrônico de apoio à arbitragem conhecido pela sigla em inglês VAR (Video Assistant Referee). 

[4] Cabe aqui lembrar a afirmação da Ministra Damares Alves: "Erotização não combate preconceito".

[5] Este conceito é o que respalda uma parcela da população ser contra o regime de cotas, por exemplo. Cito o jornalista Ali Kamel, em artigo de abril de 2004: “Cotas, facilitando artificialmente o acesso à universidade, criarão mais desigualdade e frustração. O cotista, por definição menos preparado, passará mais tempo na universidade ou dela sairá antes da formatura. E porá a culpa no “racismo” dos brancos. O perigo é transformar a nossa sociedade multicor e tolerante numa sociedade bicolor, com ressentimentos mútuos”. Só não sei se ele, agora comprometido com a emissora amiga dos progressistas, mantém a mesma opinião. Afinal até Ministro do STF que pensava uma coisa antes, agora pensa e pratica o oposto...!!!!


Para Adam Smith as diferenças entre um filósofo e um porteiro 

resultam simplesmente da educação.