O processo
cognitivo humano é lento. O caminhar do entendimento dos fatos até sua real
compreensão é em etapas. Segue não linear e saltitante até que... eureka!,
então era isso!? Só isso!?
Aposto que você que
me lê tem percebido que desde a primeira vez que ouviu sobre esse tal Covid-19, tem passado de uma certeza a outra a cada novo dia,
a cada novo zap que lhe chega, a cada entrevista do ministro da saúde ou de um
governador mais midiático, a cada má intenção interpretativa de algum órgão da
imprensa televisiva, principalmente, ou jornalista em particular.
Depois de, podemos
considerar, duas semanas de enxurrada de informações isentas,
outras especializadas, outras falsas, outras mal intencionadas, estamos chegando à compreensão de que não
temos pandemia virótica, pelo menos não diferente de tantas outras que nos
rondam. A realidade que emerge é a total pandemia da falta de
infraestrutura na rede de saúde capaz de dar conta ao atendimento adequado e
eficaz àqueles de nós, infectados, que estiver mais propenso a desenvolver uma enfermidade
mais grave do que uma simples "gripezinha", essa que não vai afetar a
absurda maioria de nós.
A continuarmos
nesta insana trilha de indiscriminadamente todos nos mantermos em quarentena
domiciliar por um tempo que ninguém sabe qual, teremos como resultado um volume
de mortes muito maior causado pela fome, violência, depressão e outros males
consequentes. Isto parece que agora pulula como um outro óbvio.
Não estamos, como
país, sozinhos na escalada da expansão do vírus. O que o noticiário nos
evidencia é que há uma diferença básica entre aqueles onde existiam leitos e
equipamentos suficientes (Alemanha e outros), e aqueles que apresentam sérias
deficiências na infraestrutura de atendimento hospitalar (Itália, Estados
Unidos, Brasil...). Os primeiros não
precisaram radicalizar nas medidas de restrição à livre circulação, enquanto os
demais estão caminhando para o caos econômico e social.
Eis o óbvio
ululante: a única ação que nos livrará no menor tempo e no menor custo dos
danos desta virose é a imediata e intensa criação de leitos e equipamentos em
uma quantidade acima da mais pessimista previsão de volume de casos críticos, num verdadeiro "esforço de guerra".
Quem não entendeu ainda essa parte da solução problema?
Nosso "capitão
maluquinho" já entendeu isso, me parece. O problema dele é sua monumental
incapacidade de se comunicar, seja como um líder, seja como um estadista, seja
como Presidente da República em sua mais simples atribuição: falar à nação. A
pergunta que me faço é que, já sendo vários os fatos que evidenciam tal
incapacidade, por que diabos ele ainda abre a boca já que este é o óbvio mais
ululante entre todos?
P.S.: Mensagem que enviei pelo Whasapp dia 26/3/20:
Povo governante de todas as esferas! Parem de bater cabeça pois o óbvio é ululante, gritaria a plenos pulmões Nelson Rodrigues se vivo fosse. A única estratétigia que resolve é usar todas as táticas imagináveis para disponibilizar leitos, equipamentos e profissionais de saúde em quantidade maior que a mais pessimista previsão, pois, é certo, a contaminação só acabará quando TODOS estivermos infectados. Chama-se isso de "esforço de guerra" concentrado. O resto é discussão hipócrita, política e inócua.