sábado, maio 28, 2016

COM TEMER, COM TRÉGUA E NADA A TEMER

"Por isso, as nossas ações não devem ser realizadas primeiramente em prol de salvar os esquerdistas de suas patologias (envergonhando-o, por suas mentiras, assim como denunciando suas chantagens emocionais), mas sim por salvar-nos das consequências de suas neuroses e psicoses."
Lyle Rossiter, psiquiatra

Não se faz duas coisas ao mesmo tempo. Entre tudo, há sempre uma prioridade. 

E nossa prioridade como ação política é a trégua. Darmos uma trégua ao governo Temer, não porque é Temer, mas porque é um "outro" governo. Não porque é o PMDB, mas porque demos passos fundamentais para nos livrarmos do petismo (*) pelos próximos 25 anos, pelo menos. Precisamos nos afastar da convulsão que a Lava-Jato e Sérgio Machado estão provocando e continuarão provocando. Fizmos nossa parte. Fomos às ruas e proclamamos NÃO AO PETISMO. Cumprimos nosso dever. Agora, eles que se entendam. Todos os políticos têm rabo preso? Sim, para mim, com toda a certeza. Se há diferença entre um ou outro, é questão de intensidade, não de conteúdo. Não sobra nenhum por um motivo muito simples: o sistema de contribuição em vigor até aqui é corrupto em sua essência e, portanto, não há político eleito fora desse sistema. Eles agora que descubram um novo modelo.

Ignoremos as manifestões dos petistas ou daquelas entidades por eles controladas. O PT está derretendo. A Nação brasileira já deu o seu recado: FORA PT. Mas não deixemos de ficar alertas, ainda há por fazer. Dilma ainda ronda por aí.

É óbvio que temos divergências de como fazer isto, ou aquilo. Mas estas divergências perdem prioridade neste momento histórico. Temos que retomar o funcionamento do país. Recolocar o trem da economia nos trilhos. Concentremo-nos, por algum tempo, nas extraordinárias conquistas dos últimos 2 anos:

- O brasileiro é mais cidadão do que jamais o foi.

- Nos politizamos e reconhecemos o papel fundamental que tivemos ao irmos para as ruas.

- A justiça brasileira está sendo profundamente aprimorada tanto de dentro para fora (Moro e MP) quanto de fora para dentro (pressão da ruas e demandas provocadas pelo legislativo sobre o TSE).

- Cidadãos passaram a entender a poderosa arma que têm, as redes de comunicação digitais, e os Políticos a partir de agora sabem que estarão sempre sendo vigiados de perto.

- Inegavelmente avançamos léguas na discussão para uma reforma política que virá num segundo momento a médio prazo.

A trégua é fundamental para consolidação do que queremos para o país. O radicalismo é imbecil, e "toda unânimidade é burra"(1). Portanto, "Vamos devagar que estou com pressa"(2). 

Nada temos a temer. Estas são conquistas monumentais para um espaço de tempo tão curto, mas elas precisam ser consolidadas. Portanto,...

... TRÉGUA PARA CONSOLIDAR, passa a ser meu mantra preferido.


(*) Para entender mais sobre os males que esta religião, mais que doutrina política, fez e faz, acesse os comentários sobre o livro “The Liberal Mind: The Psychological Causes of Political Madness”, de Lyle Rossiter, um psiquiatra. 

(1) Nelson Rodrigues

(2) Henrique Meirelles

(3) Acrescento apenas três frases extraídas de artigo de opinião de Rodrigo Constantino, publicado em O Globo:

"Se nossa democracia foi responsável pela chegada de uma máfia como o PT ao poder, ela também viabilizou a retirada desse câncer político sem guerra civil."

"O recado à extrema direita: o exército não vai se deixar usar por vocês."


"A derrota do PT é a maior vitória de nossa democracia até aqui. Não é tão pouco assim."

sábado, maio 14, 2016

REFLEXÕES PARA UMA REFORMA POLÍTICA - INTRODUÇÃO

Interrompido o processo de destruição e degradação a que o PT submeteu a Nação brasileira, temos como passo imediato o dever de expurgar de nossas instituições estes nocivos e incompetentes agentes infiltrados em todas as instâncias. São cupins a corroer as estruturas do Estado. Levará algum tempo, mas é trabalho inevitável e fundamental.

Eu, eleitor de Lula no primeiro mandato, tive, nestes pouco mais de 13 anos, oportunidades várias de me surpreender com quanto tão longe podem chegar aqueles que se veem como paladinos das sociedades, detentores de verdades a serem impostas, defensores, consequentemente, de uma democracia perene e sem alternância de poder. Indivíduos psicopatas, sem qualquer sentido de ética e considerações morais. Seguidores de uma utopia muito louca, qual seja a de um estado laico dominado por praticantes de uma religião política!!!

Eu, cidadão tipicamente de classe média, nascido em família de comerciante de classe média, em jovem, politicamente de centro-esquerda, admirador de Ulisses, Montoro, Mario Covas, e outros, defensor intransigente da meritocracia como agente principal do desenvolvimento, que odiou as práticas da ditadura militar tão intensamente quanto odiou as práticas dos crédulos e utópicos jovens comunistas que, através de uma insana guerrilha, queriam, apenas, substituir a ditadura militar por uma outra, a tal ditadura do proletariado. Foi o que o PT tentou, mas graças a nós, que desentocamos de nossa inércia e preguiça política - finalmente! - e fomos às ruas, estamos devolvendo-os ao lugar de irrelevância e falta de expressão que merecem. 

Não fui o único. Fui parte da maioria de uma classe média que elegendo Lula, fez-se cega para a consequência direta da entrega das instituições ao domínio pelos quadros intelectualmente despreparados dos militantes do Partido dos Trabalhadores que, em primeira instância, tinham como objetivo pendurar-se em algum cabide da burocracia estatal, mesmo que, e preferencialmente, desalojando quem lá estivesse.

A primeira condição para iniciarmos a construção deste novo futuro, é a classe média fazer seu mea culpa pelos momentos que considero os mais infelizes de nossa participação: 1) A reeleição de Lula quando todos sabíamos do mensalão; 2) A reeleição de Dilma quando todos sabíamos que ela mentia desavergonhadamente e os números desastrosos da economia já estavam estampados em toda a imprensa. Este mea culpa é necessário para gravarmos em nossas mentes as razões que respaldaram nosso voto - interesses particulares, desinteresse por se informa melhor, crença em soluções fáceis, aposta em salvadores da pátria etc. -, processo absolutamente necessário para não repetirmos tais erros, pelo menos, nos próximos 25 anos. O Brasil vai precisar deste tempo para recuperar o que perdemos nestes 13 anos.

A segunda condição, é entender que não existe uma única verdade para a solução do que quer que seja.  A única verdade que pode ser considerada é a que diz respeito ao indivíduo. A "minha" verdade e a "sua" verdade, diferentes e particularmente únicas. Entender que a "minha" verdade pode ser uma boa proposta para o problema de hoje, mas um monumental erro se aplicado ao problema de amanhã. Neste sentido, a verdade não só é temporal, como é circunstancial. O conjunto dos diversos fatores que estiverem agindo sobre um fato qualquer da vida particular, familiar, social, política, é que indicarão qual a "melhor" verdade a ser usada naquela determinada circunstância.

Aqueles que me acompanharem nas próximas postagens sobre REFLEXÕES PARA UMA REFORMA POLÍTICA, a todo momento, em todos os temas que abordarei, perceberão que não há solução panaceia. Verá que a questão não está entre Presidencialismo ou Parlamentarismo, entre voto proporcional ou voto distrital, entre financiamento público ou privado de campanha etc.

E como pano de fundo de todas as minhas ideias, encontrará sempre um mantra que repetirei exaustivamente: Chega de mudança. Vamos aperfeiçoar o que temos. Chega de dar 10 passos atrás. Vamos avançar, por menor que seja o passo.

quinta-feira, maio 12, 2016

DIA DO VAI E NÃO VOLTA ou DIA DO FUI

O Deputado Zé Geraldo, do PT do Pará, apresentou projeto de lei que estabelece no calendário oficial o dia 17 de abril como "Dia do Golpe Parlamentar no Brasil".

Eu apoio o deputado em sua iniciativa, se, como é de costume entre parlamentares, houver recíproca, isonomia, pois quando um apoia a proposta do outro, o outro apoia a proposta do um. Sem delongas, comentários ou objeções. 

Neste sentido, a exemplo deste petista de raiz, eu, um anti-petista juramentado, vou apresentar um projeto de lei estabelecendo o dia 12 de maio como "Dia do Vai e Não Volta", que, além de comemorar a ida para o rodapé da história do triunvirato da hipocrisia" - Dilma, Lula e PT - é, inspirado em um ato de nobreza de Dom Pedro I,
quando, em 9 de janeiro de 1822, em defesa da Nação brasileira, proclamou: "Se é para o bem do povo e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico".

Nos anos vindouros, no dia 12 de maio, nós poderemos ir às ruas portando faixas com mensagens a todos os que nos tiverem traído em qualquer instância: 


"Fora (fulano) Vai e Não Volta."

Mas resta a Dilma, num lampejo de respeito, principalmente aos mais atingidos por sua insensatez e incompetência, proclamar: "Se é para o bem do povo brasileiro e felicidade geral da Nação, renuncio! Digam ao povo que fui".

Aí, no futuro, no dia 12 de maio poderíamos comemorar o dia de deixar para trás tudo o que nos prejudica e dizer:  


FUI!!!



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segunda-feira, maio 09, 2016

O QUE SOMOS PARA ELES?


Para Dilma.

A sua atuação predatória na condição de presidente da República lhe tirou, indiscutivelmente, o direito à sua continuidade no governo. Houvesse hoje o mecanismo de consulta popular para revalidação, ou não, de mandato, e os 54 milhões de votos estariam reduzidos a pouco mais que nada. 

Dilma, portanto, não tem qualquer base de apoio da população. 

Mais do que isso, ela há muito perdeu o apoio do próprio PT que se posicionou contra os princípios que nortearam e norteiam suas decisões.

Pior ainda e como cereja do bolo, Lula, seu mentor, declarou em frases diversas nos último 45 dias, seu profundo arrependimento em te-la escolhido para lhe suceder.

Entretanto, apesar de Dilma não ter mais o mínimo apoio político para governar, ela além de se recusar a renunciar, promete, nos 180 dias após à decisão do Senado de afastá-la, fazer uso de todos os recursos que achar úteis para manter o país em suspendo, ameaçando com um improvável, por ilógico e insano, retorno ao poder. 

Então, vem a pergunta: o que somos para Dilma que se acha mais importante que todos os cidadãos que hoje estão pagando o preço de suas incompetências?

Para o PT.

O partido puxou o tapete de Dilma e, com isto, na minha visão, deu uma grande contribuição para a viabilização do impeachment, mas quando o processo se mostrou viável e provável, o PT se dá conta de que vai ser posto porta afora de todas as tantas mil salas que ocupa nas várias instâncias do Estado assim que Dilma for afastada. Passa, então, o PT, a colocar todos os seus, membros do governo e parlamentares, na Câmara e no Senado, a trabalhar com um só propósito, qual seja o de arrastar tanto quanto possível, ad eternum, de preferência, o processo de impeachment.

Neste projeto de tentar arrumar um jeito de desfazer o que está sendo desfeito, chegamos ao cúmulo de, por ideia de José Eduardo Cardozo, e execução de Waldir Maranhão, tentar, no presente, mudar o passado.


"No Brasil, até o passado é incerto."

Atribuída a Pedro Malan e Gustavo Loyola, nos idos de 2002

Que partido é esse que, irresponsavelmente gera déficits orçamentários com o argumento de distribuir renda, joga o país em uma inflação da qual já tínhamos nos livrado, e a uma recessão sem igual na história brasileira? E ainda continua com o discurso insensato de que foi o partido que mais fez pelos trabalhadores!!!??? 

Então, vem a pergunta: o que somos para o PT que tem como projeto democrático se manter no poder por 30 ou mais anos, às custas de sangrar empresas e cidadãos brasileiros sem qualquer limite ético?

Para Lula.

O "grande líder" que se auto-proclama inculto como qualidade, se diz "o mais honesto dos brasileiros" mas se encontra indiciado em processos que o acusam de aceitar propina na forma de imóveis vários, quanto aos quais diz ser "de amigos".

Apesar de 8 anos no poder, nunca soube de nada que acontecia bem abaixo de seu nariz. Nunca soube das roubalheiras nas empresas públicas, nos fundos de pensão, nos gastos com publicidade. Um inocente que ficou a serviço das grandes empreiteiras dentro e fora do país. Parênteses: só de uma construtora, o Estado vai receber de volta R$ 1 bilhão de reais definidos num acordo de leniência.

Apeado do poder, não deixou de exercê-lo, ou de tentar exercê-lo avocando sua superioridade política sobre Dilma. Por meios estranhos, tentou voltar ao poder, mas Dilma dá um tiro no pé, dele, quando é flagrada armando "a jogada" de nomeação de Lula para ministro, o que ele aceita sem constrangimento.

Então, vem a pergunta: o que somos para Lula que tem na divisão do país entre "nós e eles" sua principal estratégia de obtenção de apoio popular, detentor da grande verdade filosófica de solução sócio-econômica, e o político pragmático que coopta "os 300 picaretas" ignorando as consequências de seu pragmatismo pois lhe interessa apenas se perpetuar no poder?

O que somos para os psicopatas? Apenas massa de manobra. É ruim aceitar, mas hoje é o que somos. Será que nos livraremos disso? Deles? Ou conviveremos com isto? Com eles? Num grande acordão hipócrita.