A questão prioritária em pauta nos meios políticos e na mídia neste junho de 2016, é quando e como terminar a Lava-Jato. Existem interesses espúrios em seu encerramento? políticos ainda não alcançados estão mexendo seus "pauzinhos"? Existe um cansaço, um desgaste esperado que enfraquece o andamento e os resultados? A operação já cumpriu o seu papel e é hora de nos dedicarmos a outras questões? É justo que fiquem impunes políticos corruptos pelo fato de que seja decretado o seu fim sem que se tenha chegado ao fim? Existe fim possível?
Eliseu Padilha, um ministro que ainda não foi demitido, "reverberou" sua opinião de que a operação "deve saber a hora de parar". Qual será essa hora é a pergunta inevitável que se segue. O que Padilha tem a dizer? Qual o critério a ser utilizado? Quantidade de presos? Tempo de processo? Volume de dinheiro resgatado de contas no exterior? Ou a sensação de que a continuarem a investigações não sobrará ninguém para gerir o país?
Fico com a última dúvida, para mim uma certeza. Simples. Até agora não se admitiu pública e peremptoriamente que:
1) A regra principal que elegeu a todos foi a da permissão de contribuição de empresas a partidos e campanhas políticas. Quando empresas não votam, empresas só têm um motivo para transferir valores significativos de seu caixa para o "sistema" político: investimento para obter rendimentos certos no futuro próximo.
2) Pior, a absurda abrangência de tal permissão a empresas estatais, uma permissão à imoralidade de, por ordem dos governantes, seus patrões, desviarem recursos que deveriam ser aplicados aos objetivos legais, lesando, inclusive, acionistas minoritários.
3) Que, sendo ridículo o volume de arrecado de pessoas físicas, e sendo insuficientes os recursos do Fundo Partidário, a fonte primordial nas últimas eleições se tornou a contribuição empresarial, contribuição esta única capaz de tornar qualquer candidato competitivo.
4) Que, portanto, TODOS os políticos eleitos em qualquer instância o foram dentro deste sistema, pois dele se aproveitaram, uns mais, outros menos. Conscientemente ou hipocritamente, já que há aquela parcela que diz só ter recebido ajuda do partido, sem reconhecer a origem
A conclusão é uma só: TODOS cairão na Lava-Jato.
Esmiuçar a notícia, ler as entrelinhas, iluminar o obscuro. Revelar as intenções da mídia, de políticos e de outros de vida pública, para iludir incautos em proveito próprio. Expor a hipocrisia que nos cerca e envolve, nos cega e conduz, e nos ajuda a tocar a vida de um jeito "me engana que eu gosto".
terça-feira, junho 21, 2016
FINAL RÁPIDO PARA A LAVA-JATO
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