A violência atingiu níveis insuportáveis. Será? Vejamos alguns dados coletados na web. Alagoas, novembro de 2008, mais de 160 pessoas assassinadas no mês. São Paulo, entre 1999 e 2001, média de 35 por dia. Brasil, 2006, média de 137 assassinatos, representando um crescimento de 21% em relação à média de 2000. No Iraque em guerra, em 2006, morreram, de forma violenta, 34 mil civis, uma média de 38 por dia. Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 2008, 5a feira, ao sair do trabalho um homem é assassinado com 3 tiros. Não deu no jornal, será que entrou nas estatísticas?
O que há em comum entre Alagoas, São Paulo e Iraque? Em Recife, me diz o taxista que o problema da violência é por disputas pessoais, ou seja, não gostei do que você fez, mando lhe matar. E fica por isso mesmo. Em Pernambuco é a mesma coisa. No Rio, onde só a PM mata mais de 4 por dia, um rapaz, na Lapa, morreu com uma bala perdida na cabeça. E vai ficar por isso mesmo.
Para nossos políticos, responsáveis por estabelecer as prioridades das ações e investimentos públicos, e para nós que os elegemos, é muito mais importante que os camelôs sejam banidos dos espaços públicos. Com violência. É a este tipo de prioridade que "o choque de ordem" tem finalidade. Dezenas de cidadãos assassinados diariamente? Turistas assassinados frequentemente? Isso não importa.
Antes, portanto, de afirmarmos que "não aguentamos mais tanta violência" precisamos analisar seriamente quais são nossas prioridades. Ou você não está nem aí para bala perdida na cabeça dos outros?
Esmiuçar a notícia, ler as entrelinhas, iluminar o obscuro. Revelar as intenções da mídia, de políticos e de outros de vida pública, para iludir incautos em proveito próprio. Expor a hipocrisia que nos cerca e envolve, nos cega e conduz, e nos ajuda a tocar a vida de um jeito "me engana que eu gosto".
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