Esquerda Caviar, que acabo de ler e editar um extrato, é o mais recente livro de Rodrigo Constantino, intelectual brasileiro de pensamento liberal e cujo blog é listado aqui ao lado.
Como já expliquei em "Sobre", não sou um liberal e ponto, mas, sim, talvez, talvez conservador, talvez autocrático, talvez democrático... depende, por isso concordo e não concordo com o que vo Constantino diz. Depende.
Enquanto para ele o mercado (as relações livres entre empresas, entre estas e os funcionários, entre estas e os consumidores) se auto-regula, para mim, e digo isto sentado em 40 anos de empresariado, sei que onde o Estado não se faz presente, a lei do vale-tudo, literalmente, prevalece. Os exemplos estão à nossa volta. Não há dúvida de que nos últimos 60 ou mais anos, temos assistido ao crescimento contínuo da interferência do Estado em todas as áreas. Em minha ótica já ultrapassamos o topo da curva, precisamos inverter o processo buscando menos Estado no todo, e mais Estado nas partes em que ele é fundamental para o crescimento.
A importância do livro está no que se propõe, que é mostrar, de um lado a hipocrisia de um discurso de esquerda incompatível com as atitudes dos que o proclamam, e de outro a ameaça que um bando de psicopatas utópicos nos fazem de que, se mantidos no poder, imporão suas verdades a todos nós.
Os petemunistas (termo que proponho para agrupar os que se identificam com as ideias petistas de comunismo) justificam roubar bilhões de todos nós para financiar a tomada absoluta do poder. A compra da consciência de deputados, a compra do voto dos mais humildes para garantir a vitória nas eleições e muito dinheiro depositado em suas contas pessoais, tiveram um só objetivo: destruir os avanços de nosso sistema democrático para abrir espaço para a imposição de suas "verdades" a todos nós.
Não vou me alongar, apenas reproduzir uns poucos trechos para você ter ideia do que possa ser o todo. Se tiver mais interesse, acesse o extrato que editei.
Eis:
"Querem [os da esquerda caviar] matar o mensageiro para
evitar o confronto com a mensagem, e assim persistir no auto-engano, na viagem
coletiva de que são todos almas maravilhosas e puras, na adulação recíproca que
reforça a crença em seu próprio valor."
"A esquerda caviar
está repleta de filósofos de botequim, que fazem aquelas leituras rápidas de
como aprender sobre um pensador profundo em trinta minutos."
"Por que pensar em
como melhorar algumas questões do cotidiano, sempre imperfeito, quando se pode abraçar
a utopia revolucionária de que todos os males que assolam a humanidade terão
finalmente uma solução?"
"Ai de quem discordar
da esquerda! Só pode ser um inimigo da liberdade. Lênin ensinou-lhes: acuse o
inimigo daquilo que você é."
"[Os intelectuais de esquerda] gostariam de
criar um mundo diferente, idealizado (...) Sentem-se incomodados demais com a
realidade como ela é, mesmo que seja hoje muito melhor do que no passado, e ali
em seu quintal muito melhor do que nos demais países."
"A esquerda caviar prefere jogar o jogo do
poder, contemporizar com o inimigo, flexibilizar os princípios. Afinal, o show
precisa continuar..."
"A psicóloga que acaba de sair da entrevista
em que defendeu a tese de que os criminosos são vitimas sociais, de que os
viciados em crack não tiveram escolha, perde a estribeira se descobrir que seu
marido estava no motel com uma amante."
"Poucos representam
maior ameaça às liberdades do que aqueles imbuídos de uma crença fanática em
sua própria pureza e missão. Muito sangue inocente já foi derramado em nome dos
ideais pregados por esse tipo de gente, e devemos estar sempre alertas para seu
perigo."
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