“Asno
de muchos lobos termina comido.”
Ditado espanhol
Hoje trago o tema “servidão & submissão”, pois talvez estas
sejam as palavras que a história deixará impressa à força de “STF e Grande
Mídia” como marca destes nossos tempos. Estamos servis a uma instância
“Suprema” que nos cala, e, ao que me parece, a um complô conduzido por “autoridades”
governamentais que nos submetem a um processo de vacinação obrigatória onde
somos cobaias involuntárias de experimentos científicos.
Para refletirmos
sobre em que assustador mundo novo estamos inseridos é que fiz uma coleta de reflexões (em
ordem alfabética de autor) sobre estas questões. Por outro lado, é uma
preparação para o que vou publicar à frente sobre as bases
“filosófico-utópicas” que sustentam o pensamento dominante na elite intelectual
ocidental, o que foi rotulado como “a Intelligentsia”.
Boas reflexões a
todos.
ALEXIS DE TOCQUEVILLE (1805/1859)
O socialismo é a nova forma de escravidão.
[Tocqueville temia
que um novo tipo de escravidão surgisse sob o manto da democracia.] A sociedade
desenvolverá um novo tipo de servidão que cobrirá a sua superfície com uma rede
de regras complicadas através das quais as mentes mais originais e os personagens
mais enérgicos não podem penetrar. Ela não tiraniza, mas comprime, enerva,
extingue e estupidifica um povo, para que cada nação seja reduzida a nada mais
do que um bando de animais tímidos e laboriosos dos quais o governo é seu
pastor.
Depois de ter subjugado
sucessivamente cada membro da sociedade, modelando-lhe o espírito segundo sua
vontade, o estado estende então seus braços sobre toda a comunidade. (...) A
vontade do homem não é destruída, mas
amolecida, dobrada e guiada; ele raramente é obrigado a agir, mas é com
frequência proibido de agir. (...) até que cada nação seja reduzida a nada mais
que um rebanho de tímidos animais industriais, cujo pastor é o governo [tudo
por conta dos “déspotas do bem”].
Nada é tão maravilhoso quanto a arte de ser livre, mas nada é mais difícil de aprender a usar quanto a liberdade.
AYN RAND (1905/1982) (1)
As frases citadas são de personagens em A Revolta de Atlas.
O homem que deixa que um líder determine seu percurso é um veículo amassado sendo rebocado para o ferro-velho.
Não entro em discussão com aqueles que acham que podem me proibir
de pensar.
O mal é impotente e
só dispõe do poder que lhe permitimos arrancar de nós.
CHARLES DUCLOS (1704/1772)
Não são os tiranos
que fazem os escravos: são os escravos que fazem os tiranos.
CHARLES ÉDOUARD GODIN (1927/1986)
Os pastores hão de ser brutos enquanto as ovelhas forem mansas.
ETIENNE DE LA BOÉTIE (1530/1563) (2)
São os povos que se deixam oprimir, que tudo fazem para serem
esmagados, pois deixariam de ser no dia em que deixassem de servir.
É o povo que se escraviza, que se decapita, que, podendo escolher entre ser
livre e ser escravo, se decide pela falta de liberdade e prefere o jugo, é ele
que aceita o seu mal, que o procura por todos os meios.
Os eleitos procedem
como quem doma touros; os conquistadores como quem se assenhoreia de uma presa
a que têm direito; os sucessores como quem lida com escravos naturais.
FRIEDRICH A. HAYECK (1899/1992) (3)
Não surpreende que os homens desejem livrar-se da cruel escolha
que as circunstâncias muitas vezes lhes impõem. Mas poucos desejam fazê-lo,
deixando a outros resolver por eles. O que querem é simplesmente que a escolha
não seja necessária.
Fomos aos poucos
abandonando aquela liberdade de ação econômica sem a qual a liberdade política
e social jamais existiu no passado. (...) embora (...) nos advertissem de que socialismo significa
escravidão, fomos continuamente avançando em direção ao socialismo.
GUILHERME FIUZA (1965/...)
É preciso reconhecer que a decisão de não pensar remove montanhas
de dúvidas.
JEAN-JACQUES ROUSSEAU (1712/1778) (4)
Os povos, uma vez acostumados a possuírem senhores, não são mais
capazes de privar-se deles.
O povo, já
acostumado com a dependência, o repouso e as comodidades da vida e já incapaz
de romper suas correntes, consentiu em deixar que se aumentasse sua servidão
para consolidar sua tranquilidade; e é assim que os chefes, tornando-se
hereditários, acostumaram-se a ver sua magistratura como um bem de família, a
ver a si próprios como proprietários do Estado, do qual eram, de início, tão
somente funcionários, a considerar seus concidadãos como escravos, a
incluí-los, tal como o gado, entre as coisas que lhes pertenciam e a considerar
a si mesmos como iguais aos deuses e reis dos reis.
Se vemos um punhado
de poderosos e de ricos no topo das grandezas e da fortuna, enquanto a multidão
rasteja na obscuridade e na miséria, é porque os primeiros só estimam as coisas
que desfrutam na medida em que os outros delas estão privados, e porque sem
mudar de estado, deixariam de ser felizes se o povo deixasse de ser miserável.
[Dizia Plínio a
Trajano:] "Se temos um príncipe é para que nos preserve de ter um senhor."
Não somos enganados nunca: somos nós que nos enganamos a nós
mesmos.
MICHEL DE MONTAIGNE (1533/1592) (5)
Estes, que vês furioso e fora de si, escalar as ruínas do forte, em meio à fuzilaria; e o outro que, cadavérico, esfomeado, coberto de cicatrizes e decidido antes a morrer do que a deixar passar o inimigo, imaginas que agem por conta própria? Pois é por conta de fulano e beltrano, que nunca viram, fulano e beltrano que não se preocupam sequer com seus feitos e mergulham no ócio e nos prazeres enquanto eles se matam.
O único resultado que pude constatar no emprego da vara ou do
chicote foi tornar as almas mais covardes e mais obstinadas no mal.
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(4) Jean-Jacques Rousseau: "Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens".
(5) Michel de Montaigne: "Ensaios".
NOTA: Para mais ideias da maioria dos autores citados, visite paulovogel.blog.br e acesse a aba "Extratos".
Concordo em parte; no Brasil, agora, o opressor não é o Estado (no caso, Presidente da República); quem quer mandar, agora, vai do STF até o Prefeito.
ResponderExcluirO nosso Prefeito exige comprovação de vacinação mas sua responsabilidade, como transporte público, nada melhorou; até o metrô que tinha intervalo de até 3 minutos, agora demora entre 13 e 17 minutos, sempre lotado.
Show do Diogo Nogueira, no sábado, lotado; cambistas vendendo falso atestado de vacinação na porta, sem nenhum problema.Quwro ver no Carnaval, como será.
Fui a Tiradentes neste último final de semana (17 a 19/9/21), no sábado à noite uma multidão nas ruas, bares e restaurantes lotados, com e sem máscara. Hipocrisias para todo gosto, a ponto de uma "leoa de chácara" me dizer que, para entrar, eu teria que colocar a máscara, mas uma vez adentrado, poderia tirar!!!
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEstamos inseridos num mundo que não foi por falta de aviso que poderíamos chegar a ele, a prova está neste post. Também é o mundo do faz de conta, do jeitinho brasileiro, dos hipócritas e dos covardes. Espero que nas multidões que se espalham pelo Brasil, os sem máscara, cara limpa, sejam os patriotas porque os de caráter mascarado já sei quem são.
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